A arrecadação total das Receitas Federais fechou o mês de junho em R$ 181,04 bilhões, informou hoje (21) o Ministério da Economia. O valor representa um acréscimo real de 17,96% em relação a junho de 2021, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse é o melhor desempenho arrecadatório para o mês de junho desde 2000. No período acumulado de janeiro a junho de 2022, a arrecadação alcançou R$ 1,09 trilhão.
De acordo com o BC, o aumento observado no mês de junho pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Ministro Guedes
O ministro Paulo Guedes afirmou que o recolhimento de R$ 181,040 bilhões de impostos e contribuições em junho sinaliza que a economia brasileira “está crescendo a um ritmo sustentável”.
“Isso [arrecadação] é importante porque confirma as nossas previsões de que a economia brasileira ia surpreender mais uma vez os analistas, é um sintoma inequívoco de que o crescimento econômico está surpreendendo. Surpreendeu os analistas, surpreendeu a receita”, declarou.
O ministro da Economia também disse que a alta na arrecadação resultou, principalmente, do imposto pago pelo aumento no lucro das empresas. O resultado, segundo o ministro, confirma as previsões da pasta de crescimento da economia brasileira para este ano.
“O grande vetor desse aumento de arrecadação foi exatamente o lucro das empresas, que veio bem acima do que estava previsto e bem acima das bases estimadas ao longo de 2021″, disse Guedes, acrescentando que “isso confirma as nossas previsões de que o crescimento brasileiro ia surpreender. Começamos ao ano com previsões de que o PIB [produto Interno Bruto] ia cair -1,5% e agora as projeções são de um crescimento de 2%”.