Nesta terça-feira (12), o governo argentino de Javier Milei celebrou a divulgação da inflação de outubro, que registrou 2,7%, a menor em quase três anos.
Desde que assumiu a presidência, Milei se comprometeu a conter a inflação descontrolada, que chegou a 25,5% em dezembro, implementando políticas econômicas que incluíram o fim de subsídios em setores essenciais, como aluguel, água, luz e gás. Com a retirada dos subsídios, esses setores apresentaram aumento de 5,4% em outubro, mesmo em meio à tendência geral de redução de preços.
Segundo analistas, a queda na inflação foi possível graças à adoção de uma âncora fiscal sólida, que incluiu também a redução da emissão de moeda e o corte de despesas públicas.
O Banco Central, próximo ao governo, reforçou a estratégia econômica ao reduzir a taxa de juros de 40% para 35% ao ano, projetando um cenário de estabilização da economia. A inflação desacelerou ao longo dos meses, com apenas duas acelerações temporárias nos meses de junho e agosto, o que já era esperado pelo mercado.
O impacto das políticas de Milei se reflete no poder de compra dos salários. Após meses de corrosão devido à inflação elevada, os salários voltaram a apresentar um leve ganho em setembro, com um aumento médio de 4,7%, superior aos 3,5% de inflação naquele mês.
Isso reflete um momento de recuperação gradual para os trabalhadores argentinos, que enfrentaram grandes desafios ao longo da crise inflacionária. A gestão de Milei tem defendido a eliminação das políticas de controle de preços da administração anterior e o congelamento de diversas obras públicas para dar prioridade ao ajuste fiscal. A equipe de Milei justifica essas ações como necessárias para evitar o agravamento da crise econômica.
A inflação acumulada em 2024, ainda elevada, soma 107%, um reflexo das dificuldades de conter a alta de preços no país. No entanto, o governo interpreta o resultado de outubro como um sinal de que a economia está no caminho para estabilização.
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