O governo da Argentina decidiu esta segunda-feira (29) ignorar os resultados das eleições presidenciais realizadas no domingo (28) na Venezuela, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) daquele país, que declarou vencedor o partido no poder e que a oposição considera irregulares.
“A República Argentina rejeita e ignora o resultado anunciado pelo governo venezuelano no qual reivindica vitória nas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho”, afirmou o Itamaraty em comunicado.
O Executivo de Javier Milei “condena veementemente as ações do Presidente Nicolás Maduro que, como esperado, mais uma vez desrespeitou a vontade do povo venezuelano de viver numa Venezuela livre, próspera e democrática”.
No seu primeiro relatório apresentado na madrugada desta segunda-feira, a CNE deu Maduro como vencedor com 51,20% dos votos, contra 44,20% de Edmundo González Urrutia, com 80% apurados.
O governo argentino instruiu o encarregado de negócios de sua embaixada em Caracas “a não participar do ato de proclamação da candidatura oficial hoje convocado pelas autoridades venezuelanas ”.
“A República Argentina considera essencial que seja permitido à oposição o acesso aos autos de escrutínio e insta as autoridades venezuelanas a respeitarem o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, do qual é parte, especialmente o seu artigo 25”, indica o. declaração do Itamaraty da Argentina.
E acrescenta: »A proibição e perseguição de opositores políticos, a violação sistemática dos direitos humanos, a rejeição da presença de observadores e imprensa estrangeiros, bem como os mesmos obstáculos impostos ao registo no estrangeiro dos seus concidadãos para os impedir de votação, foram “indicações claras de que estas eleições não seriam democráticas ou transparentes”.
“Apesar disso, muitos membros da comunidade internacional, incluindo a República Argentina, optaram por confiar que, naquele espaço mínimo de participação que restava, uma mudança seria possível para a Venezuela”, afirma a nota oficial.
A Argentina lembrou que desde o início do governo Milei, em dezembro passado, “denunciou enfática e permanentemente todas essas irregularidades e a crescente deterioração da situação política e humanitária na Venezuela”.
“A República Argentina, guiada pelos princípios da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, continuará a apoiar decisivamente o desejo de liberdade do povo venezuelano e apela à comunidade internacional como um todo para que ignore o resultado fraudulento destas eleições», disse o declaração acrescenta. E mais: PSDB vai à Justiça após pronunciamento de Lula: “eleitoreiro”. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: El Nacional)
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