As ações da Petrobras derreteram, nesta segunda-feira (31), após a confirmação da vitória de Lula (PT) na eleição de ontem (3). As ações ordinárias da estatal caíram 7,04%, enquanto as preferenciais tomaram 8,47%.
O motivo é simples: muitos investidores temem que o petista mude a orientação de negócios da empresa implantada pelo governo Bolsonaro e algumas já instituídas no período Temer, como sua política de preços de combustíveis, seu plano de investimentos e, consequentemente, a distribuição de dividendos.
Na abertura, as ações chegaram a cair 7%, reduziram a perda para a faixa dos 3,5%, mas depois voltaram a se desvalorizar com mais intensidade. No fim da tarde, a notícia de que o senador Jean Paul Prates, do PT-RN, é cotado para presidir a Petrobras contribuiu para baixar mais ainda o valor das ações.
Em seguida, saiu a notícias de que o banco J.P. Morgan cortou a recomendação dos papéis de “compra” para “neutra”, e reduziram o preço-alvo de R$ 53 para R$ 37. A leitura deles é que, apesar dos avanços de governança, a empresa segue à mercê do governo.
As mudanças estruturais estabelecidas pelo governo federal na Petrobras, assim como um maior escrutínio de órgãos reguladores, reduzem riscos que a empresa pode sofrer no próximo governo. E veja também: Jovem Pan demite Augusto Nunes. Clique AQUI para ver.