Antônio Fagundes afirma que Bolsonaro tentou dar um golpe: “Foi ele que disse”

direitaonline

O ator Antônio Fagundes, em entrevista publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos brasileiros que continuam o apoiando, mesmo diante das denúncias de tentativa de golpe.

Embora tenha defendido que “todos os processos legais sejam seguidos”, Fagundes afirmou acreditar que Bolsonaro, de fato, tentou derrubar a democracia. Para ele, essa intenção já estava evidente desde o início de sua trajetória como presidente.

Ao comentar o resultado das eleições que levaram o ex-capitão ao poder, o ator citou um conceito do filósofo Karl Popper, o chamado paradoxo da tolerância. “Você é tão tolerante que você permite que um cara seja eleito para destruir a tolerância”, afirmou.

Fagundes também relembrou o clima da campanha eleitoral de 2018 e disse que os sinais de ruptura institucional estavam visíveis desde aquele momento. “Ele já preparou lá atrás um golpe. E foi ele que disse. Não foi inteligência artificial, não foi ninguém. Foi ele”, destacou o artista.

Militante histórico da esquerda e apoiador declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ator também direcionou críticas aos eleitores de Bolsonaro. Segundo Fagundes, muitos não enxergam as falas do ex-presidente de forma crítica:

“Mesmo quando a pessoa está dizendo [o que vai fazer], ele [o cidadão] não ouve mais. É só ‘é o mito, é o mito’. O que quer dizer isso? Quer dizer que ele pode falar o que quiser, que eu não estou ouvindo. Estou seguindo palavras de ordem. Isso é ruim para qualquer ideologia”.

A pré-produção do filme ‘Deus Ainda é Brasileiro’ começou em 2022, antes das eleições presidenciais. Fagundes lembra que, em certo momento, eles se questionaram: “Será que [Deus] ainda é brasileiro?. Porque podiam acontecer umas coisas aí.” A coluna questiona se uma dessas “coisas” seria a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). O ator dá risada e diz: “Mas [Deus] ainda é brasileiro.”

Fagundes diz que sempre falou que “artista não pode ter carteirinha”, porque na sua percepção isso é semelhante a torcer para um time de futebol ou fazer parte de uma seita.

“Você deixa de pensar. Acho que a gente está vivendo um período em que temos que trazer a inteligência de volta.” Na visão dele, líderes como o presidente americano Donald Trump “são infelizes” e “têm uma tristeza”. “E quem é triste, espalha essa tristeza, né”. E mais: China alerta países que se priorizarem acordo com EUA. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fontes: Folha de SP; Pleno News)

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Brasil ocupa 3º lugar em número de cardeais com direito a voto no conclave

Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), o Vaticano se prepara para um dos momentos mais importantes da Igreja Católica: o conclave que elegerá seu novo líder. A reunião, que reúne cardeais com direito a voto, será realizada entre 15 e 20 dias após o falecimento do pontífice, […]