Analista alerta para caráter ‘controlador e dirigista’ das propostas econômicas do governo Lula

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Com praticamente zero repercussão na imprensa tradicional, a ‘Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado’ da Câmara dos Deputados promoveu debate, na semana passada, a respeito dos ‘impactos das políticas de segurança no narcotráfico internacional’.

A audiência foi convocada por pedido dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), sob a justificativa de uma ação proativa “na identificação e enfrentamento de organizações criminosas, colaborando para a preservação da ordem democrática e o fortalecimento das instituições.”.

Um dos convidados foi o analista político Carlos Dias, também Estrategista Chefe do portal Rumo Econômico.

Apesar do tema segurança do debate, Dias trouxe uma reflexão importantíssima a respeito dos riscos sociais do tripé econômico do governo Lula: reforma tributária (que deve ser votada amanhã na Câmara), o arcabouço fiscal de Fernando Haddad (que já passou na Câmara) e o controle das políticas do Banco Central (que Lula terá a partir da saída de Campos Neto, em 2024).

Segundo ele, essas políticas econômicas, que tramitam em Brasília sem o menor questionamento pela imprensa tradicional, têm características de governos ‘centralizadores e dirigistas’.

“(a tendência dos) chefes desses países (totalitários e centralizadores) é a de construir e ordenar regimes comuns de centrais. Esses regimes têm em comum (o perfil) centralizado de controle social e econômico, capazes de regular e monitorar a sociedade no que se refere ao grau de ‘liberdade individual’ e de suas atividades de produção e renda.”, iniciou Dias.

“Para tal êxito, o governo central de cada país deve exercer, além de um forte controle na vida social (que impacta na subjetividade das ações humanas, restringindo a Liberdade de expressão e promovendo a censura), necessita (também) controlar fortemente os eixos de autonomia de produção econômica.”

E prossegue: “Portanto, torna-se instrumento fundamental a aplicação de um sistema dirigista da economia pelo estado, onde o governo central assume o papel único e determinante através da Constituição, pelo poder executivo de diversos conselhos para a tomada de decisão sobre investimentos, controle de recursos, produção, distribuição de bens e serviços, salários e de preços.”.

Segundo o especialista, essas temáticas e ações estão em curso no Brasil, com baixa exposição verdadeiro sentido, através de medidas legislativas propostas pelo atual governo, “como o arcabouço fiscal, que é um elemento disfuncional, estranho ao controle das contas públicas, onde os ajustes necessários dessas mesmas contas se darão por conta apenas da ampliação da arrecadação de forma extraordinária, eventualmente por situações positivas”.

Além do arcabouço, Carlos Dias cita a reforma tributária, “que desfigura o federalismo brasileiro e cumpre o papel especial de situar no governo central o controle dos recursos arrecadados.”, referindo-se à proposta embutida na reforma de se criar um ‘conselho’ que vai gerir o orçamento a ser destinado a cada estado. Em entrevista ontem à Globo News, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, chamou essa proposta de ‘venezuelana’.

Por fim, explica o analista, “o controle do banco central, senhores, concretizará com as duas alterações legislativas anteriormente citadas, o arcabouço fiscal e a reforma tributária, medidas de restrição ao progresso que chama sinteticamente de crescimento da cidadania.”.

No vídeo, Carlos Dias também explica que, não por acaso, essas medidas levam de fato a uma situação catastrófica das contas públicas, que trará um “modelo soviético de planificação e de castração e liberdade.”.

Assista a seguir a esse trecho específico da palestra de Carlos Dias. Em seguida, o discurso completo disponível em seu canal no Youtube. Por fim, clique AQUI para segui-lo no Twitter.

Trecho

 

Palestra na íntegra

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