Alexandre de Moraes arquivou o inquérito contra seis dos oito empresários que participavam de um grupo privado de WhatsApp onde trocavam mensagens sobre os rumos políticos do Brasil.
Entretanto, o Ministro do STF decidiu manter a investigação Meyer Nigri, fundador da gigante do setor imobiliário Tecnisa, e Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.
A pedido da PF, Moraes estendeu o inquérito em 60 dias contra Hang e Nigri. Eles são os únicos que permanecem sob investigação por participação no grupo “WhatsApp Empresários & Política”.
Para outros seis empresários, a investigação foi arquivada: Afrânio Barreira Filho (dono da rede de restaurantes Coco Bambu), José Isaac Peres (dono da rede de shoppings Multiplan), José Koury Junior (dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro), Ivan Wrobel (da construtora W3 Engenharia), Marco Aurélio Raymundo (dono da marca de roupas Mormaii) e Luiz André Tissot (do grupo Sierra, empresa gaúcha especializada em vender imóveis de luxo).
O ministro alegou que, no caso desses empresários, “a investigação carece de elementos indiciários mínimos, restando patente a ausência de justa causa para a sua continuidade”.
Também disse que, “embora anuíssem com as notícias falsas, [eles] não passaram dos limites da manifestação interna no referido grupo, sem a exteriorização capaz de causar influência em terceiros como formadores de opinião”.
A PF ainda analisa os dados bancários de Hang e tenta acessar o celular dele. A decisão de Moraes afirma que o empresário se recusou a fornecer as senhas aos investigadores.
Já Nigri teria recebido ‘notícias falsas’ contra as urnas eletrônicas, associadas a um número de celular que seria do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a PF, um contato identificado como “Pr Bolsonaro 8” enviou um vídeo e uma mensagem criticando o processo eleitoral.
O órgão tenta encontrar algum tipo de influência do ex-presidente, mesmo depois de um ano de investigação.
Uno atrás, Moraes justificou a abertura de inquérito com base em uma reportagem do portal Metrópoles sobre as conversas privadas dos empresários. A teoria era que os oito estariam financiando ‘atos antidemocráticos’ no Sete de Setembro.
Numa das conversas obtidas pelo veículo, Marco Aurélio Raymundo, agora excluído da investigação, disse:
“O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o Exército e ao mesmo tempo deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro.”
Koury Junior, do shopping Barra World, afirmou, em outro momento da conversa: “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”.
Ao que Tissot, do grupo Sierra, respondeu: “O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo”. Ambos deixam de ser investigados pelo STF a partir desta segunda-feira (21).
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