A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nota de crédito da Argentina para CCC+, citando como principais fatores o fim dos controles cambiais e o sucesso do governo em garantir financiamento multilateral.
Embora a nova classificação ainda mantenha o país sete níveis abaixo do grau de investimento, a mudança reflete um clima de maior otimismo com a condução da economia argentina sob a gestão do presidente Javier Milei.
A revisão foi anunciada nesta segunda-feira (12) e coloca a Argentina no mesmo patamar de países como Equador e Sri Lanka, ambos também com nota CCC+. A Fitch, conforme padrão para esse nível de risco, não atribui perspectiva futura a classificações abaixo de B-.
A decisão acontece em meio a uma percepção mais positiva sobre a economia argentina, especialmente após a adoção de uma agenda agressiva de reformas liberais por parte do governo Milei. O país, inclusive, vem se destacando nos mercados emergentes, com a dívida soberana sendo uma das mais rentáveis em 2024, segundo analistas do mercado.
Em abril, o governo argentino suspendeu grande parte das restrições no câmbio como parte de um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de acordo com o jornal Valor Econômico.
Com isso, analistas em Wall Street avaliam que a reconstrução das reservas internacionais se torna mais viável — fator essencial para estabilizar o peso e garantir os pagamentos da dívida externa.
Além da Argentina, a Fitch também atualizou a avaliação da empresa brasileira Vitru Educação (VTRU3), atribuindo nota “AA(bra)” com perspectiva estável. A agência destacou a posição da Vitru como uma das principais companhias de ensino superior privado no país, com forte atuação no segmento de educação a distância (EaD).
“A bem-sucedida integração da UniCesumar tem possibilitado fortes margens operacionais, fluxos de caixa livre positivos e a redução da alavancagem financeira”, afirmaram os analistas da Fitch, segundo o Valor.
Apesar da avaliação positiva, a agência alertou que a empresa enfrenta desafios com altos volumes de dívida vencendo entre 2027 e 2028, além de riscos inerentes ao setor de EaD, que exige adaptação constante às mudanças no perfil dos estudantes e nas tecnologias educacionais. E mais: Banco Central informa que brasileiros têm R$ 9 bilhões em valores para receber. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: BP Money)
