As pessoas supostamente envolvidas no episódio de agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em aeroporto de Roma, na Itália, foram identificadas pela Polícia Federal (PF).
Segundo informações divulgadas por veículos de imprensa, o magistrado foi hostilizado na capital italiana e seu filho chegou a ser agredido com um soco (alguns dizem ‘tapa) no rosto.
Ainda no sábado (15), quando o caso veio a público, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou informações à Polícia Federal sobre as agressões. Em nota divulgada neste domingo (16), a PGR informou que “tomará as medidas cabíveis a respeito do caso”.
Acusado nega
Segundo reportagem do portal UOL deste domingo (16), um dos acusados pela imprensa de hostilizar Moraes depôs hoje à Polícia Federal. Seu nome, ainda de acordo com a reportagem, seria Alex Zanatta Bignotto, 27 anos, e residente interior de São Paulo.
O depoimento ocorreu das 10h às 12h na sede da PF em Piracicaba, também no interior paulista. A informação foi confirmada ao UOL pelo advogado de Bignotto, Ralph Tortima Filho.
Em depoimento, Bignotto negou os atos de hostilidade contra o ministro e a família dele no aeroporto. “Ele nega que tenha feito qualquer ofensa a qualquer ministro ou familiar”, diz o advogado.
Em relação à agressão que o filho de Moraes teria sofrido, a defesa de Bignotto afirma que ele não estava próximo no momento em que o outro homem acusado teria desferido um tapa no rosto do rapaz (ainda segundo informações de grandes veículos de imprensa no Brasil).
“Ele não estava perto no momento da agressão e não viu. Eles não estavam a todo instante juntos”, diz Tortima Filho. O segundo homem e a mulher, também acusados de ofender Moraes, devem depor à Polícia Federal na próxima terça-feira (18).
O caso
Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália, nessa sexta-feira (14), conforme reportagem do jornal O Estado de São Paulo.
De acordo com a reportagem, por volta das 18h45, horário local, o ministro foi ofendido por três brasileiros. Uma mulher chamou o ministro de “bandido, comunista e comprado”. Logo em seguida, um homem reforçou os xingamentos e teria agredido fisicamente o filho de Moraes.
Um terceiro cidadão se juntou aos outros dois e disparou palavras de baixo calão. Os dois homens são empresários de São Paulo, segundo o Estadão. Um deles seria Alex Zanatta Bignotto, que negou hoje qualquer ato contra Moraes.
O Ministro possui segurança pessoal, tanto no Brasil quanto no exterior, fornecida por policiais federais e do Supremo Tribunal Federal (STF), mas não se sabe ainda se algum agente precisou fazer a proteção do magistrado.
Moraes estava acompanhado da esposa e do filho; a família retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.
Os três brasileiros acusados tornaram-se alvos de um inquérito da PF, mas não foram presos. De acordo com um dos três, que foi contatado pelo jornal paulista, eles foram abordados e identificados na chegada ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O STF informou que não se manifestaria sobre o caso.