
As ações da Petrobras enfrentaram forte recuo nesta segunda-feira (5), refletindo a decisão da Opep+ — grupo liderado por Arábia Saudita e Rússia — de ampliar, pelo segundo mês consecutivo, a oferta global de petróleo.
Por volta das 14h30, os papéis da estatal brasileira eram negociados a R$ 29,96, atingindo o menor nível desde outubro do ano passado.
O movimento da organização petrolífera ocorre em um momento de fragilidade nos preços internacionais do barril. Com o petróleo tipo brent já cotado abaixo da média histórica, o aumento na produção tende a pressionar ainda mais as cotações, impactando diretamente a rentabilidade de empresas do setor, como a própria Petrobras.
Para se ter uma ideia, a média dos últimos cinco anos para o brent ficou em torno de US$ 75. Nesta segunda-feira, o preço recuou para US$ 60,30. A retração é atribuída à desaceleração das economias chinesa e americana e as incertezas econômicas geradas pelas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
Em relatório publicado no mesmo dia, o BTG Pactual alertou que cada acréscimo de 1 milhão de barris por dia na produção da Opep+ representa uma pressão negativa de “aproximadamente US$ 3 a US$ 5 por barril”. Ainda assim, o banco projeta uma recuperação no médio prazo, com o brent voltando à faixa de US$ 70.
Coincidindo com a queda de suas ações, a Petrobras anunciou uma nova redução no preço do diesel vendido às distribuidoras. O litro passou a custar R$ 3,27, valor 4,7% menor e o mais baixo, em termos nominais, desde agosto de 2023.
Segundo a estatal, o corte de R$ 0,16 por litro é o terceiro reajuste para baixo desde o início de abril. E mais: Três cervejas brasileiras conquistam ouro na ‘World Beer Cup’ 2025. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)