Projeto que inclui ‘abordagem feminina’ em currículo escolar avança no Senado

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O PL 557/2020 é um projeto de lei que torna obrigatória a inclusão de ‘abordagens femininas’ nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio, além de criar a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História.
Assim, nessa quarta-feira (19), o projeto avançou em sua tramitação no Senado: o texto foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e agora segue para a Comissão de Educação (CE).

A proposta, cuja autora é a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), promove alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 1996). O texto recebeu parecer favorável da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da matéria no âmbito da CDH.

De acordo com o projeto, as ‘abordagens’ a serem incluídas nos currículos devem conter aspectos da história, da ciência, da arte e da cultura do Brasil e do mundo de forma a ‘resgatar as contribuições’, as vivências e as conquistas de mulheres nas áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política.

A proposta também prevê que a ‘Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História’ será uma campanha anual que acontecerá na segunda semana do mês de março nas escolas de educação básica.

Tabata Amaral argumenta que as mulheres têm ‘baixa representação’ no mundo científico em razão do ‘preconceito e do desencorajamento’ quanto aos lugares que podem ocupar, apesar de demonstrarem excelente desempenho escolar.

Diz o projeto: “Além do impacto a ser gerado nas meninas, objetivamos, da mesma maneira, educar os meninos por meio da conscientização quanto à existência de mulheres fortes e de destaque, gerando mais respeito, empatia e desconstruindo a cultura de violência contra a mulher, que está fortemente arraigada no cotidiano dos arranjos sociais, e que por vezes sobrepujam um gênero sobre o outro.”. Clique AQUI para ver o projeto de Tábata Amaral na íntegra.

“Nesse sentido, o projeto visa combater uma falaciosa cultura machista e fomentar nas meninas a possibilidade de se tornarem cientistas ou lideranças políticas, e, nos meninos, maior respeito pelas mulheres.”

Para Soraya Thronicke, em razão dos ‘estereótipos existentes’, associa-se brilhantismo e genialidade muito mais a homens do que a mulheres. A senadora alegou que a proposta ajudaria a modificar um sistema educacional influenciado por esses estereótipos, promovendo um futuro de maior igualdade e presença das mulheres em campos nos quais a atual ‘sub-representação’ é “flagrante”, como na política, na física, na filosofia e na matemática, entre outras áreas.

“Mulheres são menos de 10% dos personagens em livros de história usados em escolas públicas”, afirmou ela. E mais: PF fecha aeroporto de Caxias do Sul após assalto a carro-forte. Clique AQUI para ver. (Fonte e foto: Ag. Senado)

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