Novo presidente do PT: o STF atua como ‘poder moderador’

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O recém-eleito presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem exercendo um papel de “poder moderador” diante dos ‘conflitos institucionais’ entre o Executivo e o Legislativo. A declaração foi dada nessa terça-feira (8), em entrevista ao portal JOTA.

“Emerge no país um outro fenômeno recente, que é o poder moderador. O Supremo, toda vez que a contradição está instaurada, vem como um poder moderador”, avaliou Edinho, ao comentar o atual equilíbrio entre os Poderes.

Segundo ele, o crescimento da influência do Congresso Nacional — especialmente no controle do orçamento — aliado ao enfraquecimento do Executivo, tem distorcido o modelo presidencialista adotado no Brasil.

“O Congresso passou a dominar o orçamento desde os governos Temer e Bolsonaro”, apontou, criticando ainda a falta de foco do Legislativo em pautas estruturantes. “O debate do Congresso não é transição energética, margem equatorial ou a PEC da Segurança Pública”, completou.

Edinho também ressaltou que o Supremo assumiu responsabilidades que “historicamente não eram suas”, o que, em sua avaliação, contribui para um “desarranjo institucional”.

Eleito com 73,48% dos votos entre os filiados do partido — um total de 239.155 votos —, Edinho deve assumir oficialmente a presidência nacional do PT no início de agosto. Ex-prefeito de Araraquara (SP), ele destacou a necessidade de melhorar a comunicação institucional da legenda e ampliar o diálogo com os brasileiros que não votaram em Lula em 2022.

Apesar de reconhecer os desafios políticos, Edinho foi categórico ao afirmar: “Lula é candidato à reeleição. Esse é o cenário que está dado.”

Na área econômica, o novo presidente do PT se posicionou contra a manutenção de benefícios fiscais como o Perse, voltado ao setor de eventos. Ele defendeu a preservação de metas fiscais e a busca por previsibilidade na condução econômica. Para Edinho, é preciso repensar renúncias fiscais e qualificar os gastos públicos.

Sobre o Banco Central, ele elogiou o atual presidente da instituição, Gabriel Galípolo, e demonstrou insatisfação com a última elevação da taxa básica de juros. “Tenho zero desconfiança ao Galípolo. Ele é competente e quer o bem do país”, afirmou. (Foto: divulgação instituto FHC; Fonte: JOTA; CNN)

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