A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou três aeronaves civis que invadiram o espaço aéreo restrito durante os preparativos e a realização da Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada neste domingo (6) pelo tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), em entrevista à CNN.
As ações ocorreram no sábado (5) e neste domingo (6). A FAB mobilizou os caças A-29 Super Tucano, em operação desde 2004, para escoltar os aviões que ingressaram indevidamente na zona de exclusão criada como parte do esquema de segurança do evento internacional.
De acordo com o comandante, as aeronaves pertenciam à aviação geral e, até o momento, não há indícios de ameaça intencional. “Foram orientadas a deixar as áreas restritas e cumpriram a determinação. Os caças acompanharam esses voos, que provavelmente ingressaram por descuido ou falta de atenção. As circunstâncias ainda serão apuradas”, explicou Fernandes.
A FAB aumentou a vigilância aérea para a Cúpula, que reúne líderes de países como Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul nos dias 6 e 7 de julho. A operação segue os moldes da segurança aérea adotada no G20 de 2024, com aeronaves armadas em prontidão.
Entre os recursos empregados está o uso de caças F-5M equipados com mísseis, o que representa uma novidade no protocolo de defesa para eventos internacionais no país. Segundo o tenente-brigadeiro do ar Alcides Teixeira Barbacovi, comandante de Operações Aeroespaciais, a presença de armamento real visa reduzir o tempo de resposta em caso de ameaça aérea.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) também determinou a criação de três áreas de exclusão em torno do Museu de Arte Moderna (MAM), palco da Cúpula. As restrições entram em vigor uma hora antes e uma hora depois das reuniões oficiais.
As zonas estabelecidas são:
– Um raio de 150 km, com proibição total de voos agrícolas, de instrução, turismo, acrobacias, drones e parapentes;
– Um perímetro de 10 km, onde só podem operar aeronaves envolvidas diretamente na organização ou participação da Cúpula;
– Uma área de 1.350 x 955 metros, compreendendo o trecho entre o MAM e o Aeroporto do Galeão, exclusivo para o helicóptero de resgate da FAB.
O esquema reforçado reforça o compromisso do Brasil com a segurança aérea em grandes encontros multilaterais, e a FAB continuará em alerta durante toda a duração do evento. (Foto: FAB; Fonte: CNN)
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