O governo federal anunciou o Plano Safra 2025/2026 com um volume recorde de R$ 516,2 bilhões destinados ao agronegócio.
Do total, R$ 414,7 bilhões vão para o custeio das atividades e R$ 101,5 bilhões serão voltados aos investimentos. Embora o valor total supere o do ciclo anterior, que foi de R$ 508 bilhões, a quantia, ajustada pela inflação, representa uma queda real no montante disponível.
Um dos fatores que explicam essa retração é o aumento na taxa básica de juros, a Selic, que subiu de 10,5% para 15% ao ano. Essa elevação obrigou o governo a reajustar para cima os juros cobrados nas linhas de financiamento rural, tornando o crédito mais caro para produtores de todos os portes.
As taxas aplicadas nos principais programas sofreram aumentos de até dois pontos percentuais. O Pronamp, voltado a médios produtores, por exemplo, passou de 8% para 10% ao ano. Outros programas, como o RenovAgro e o PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), também tiveram elevação semelhante.
Confira as novas taxas de juros em comparação com o ciclo anterior:
Segundo reportagem da CNN
Pronamp: de 8% para 10%
RenovAgro e PCA: de 8,5% para 10%
PCA até 12 mil toneladas: de 7% para 8,5%
Custeio Empresarial: de 12% para 14%
Moderfrota: de 11,5% para 13,5%
RenovAgro Ambiental e recuperação de pastagens: de 7% para 8,5%
Proirriga e Investimentos Empresariais: de 10,5% para 12,5%
Prodecoop e Procap-Agro: de 11,5% para 13,5%
Moderfrota Pronamp: de 10,5% para 12,5%
Apesar da expansão do crédito, os produtores rurais enfrentarão um cenário mais desafiador diante dos custos financeiros mais elevados para acessar as linhas de apoio do novo plano. (Foto: PixaBay; Fonte: CNN)
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