Trump se manifesta após ataque do Irã a bases dos EUA

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Após os ataques da Força Aérea dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas, o presidente Donald Trump classificou a retaliação do Irã como “muito fraca”.

A resposta de Teerã, que ocorreu nesta segunda-feira (23), envolveu o lançamento de mísseis contra uma base americana no Catar. Em publicações na rede Truth Social, Trump afirmou que a ofensiva foi controlada com sucesso e praticamente não causou prejuízos.

“O Irã respondeu oficialmente à nossa destruição de suas instalações nucleares com uma resposta muito fraca, o que esperávamos e que combatemos com muita eficácia”, escreveu o presidente.

Segundo ele, 14 mísseis foram lançados, mas 13 foram interceptados pelas defesas americanas. O único que não foi abatido estaria se dirigindo a uma área sem relevância estratégica.

Trump assegurou que “nenhum americano foi ferido e quase nenhum dano foi causado”, e agradeceu ao Irã pelo que chamou de “aviso antecipado”.

“Isso tornou possível que nenhuma vida fosse perdida e ninguém ficasse ferido”, disse. Em tom diplomático, acrescentou: “Talvez o Irã possa agora prosseguir para a Paz e a Harmonia na Região, e eu encorajarei Israel com entusiasmo a fazer o mesmo”.

O presidente também fez agradecimentos ao Emir do Catar “por tudo o que ele fez em busca da paz para a região” e, em outra publicação, declarou: “PARABÉNS, MUNDO, É HORA DA PAZ!”.

A reação no Congresso, no entanto, expôs divisões entre os parlamentares. O presidente da Câmara, Mike Johnson, saiu em defesa da decisão de Trump, dizendo que o presidente agiu com responsabilidade para proteger os cerca de 40 mil militares americanos destacados na região.

Ex-advogado constitucionalista, Johnson afirmou que não vê necessidade de o Congresso aprovar uma nova resolução sobre os poderes de guerra neste momento.

Por outro lado, o líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, criticou a Casa Branca por não fornecer informações detalhadas sobre a operação. Ele alegou que ainda não teve acesso a um briefing confidencial solicitado à Gangue dos Oito (grupo restrito de líderes do Congresso com acesso a informações sigilosas) e disse que, até agora, “não há evidências de que o ataque tenha sido justificado” ou de que o programa nuclear iraniano tenha sido destruído.

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, também exigiu um relatório confidencial imediato, advertindo que “o governo Trump não deve repetir o erro de lançar ofensivas sem prestar contas ao Congresso”.

Já o senador republicano Rand Paul afirmou nas redes sociais que o poder de declarar guerra pertence ao Congresso. “Se não o fizermos, nossa nação se afastará ainda mais da liberdade e da paz”, alertou.

Outro nome influente do Partido Republicano, o senador Lindsey Graham, reagiu aos ataques iranianos contra bases no Catar e no Iraque dizendo: “É hora de acabar com essa loucura no Irã”. Graham já havia se manifestado contra a manutenção das capacidades nucleares iranianas e é um dos que defendem uma linha mais dura frente a Teerã.

Enquanto isso, tanto a Câmara quanto o Senado marcaram reuniões fechadas para a tarde de terça-feira (24), com o objetivo de discutir os desdobramentos da escalada entre Washington e Teerã. O cenário ainda é de tensão, mas o governo americano sinaliza disposição para conter o conflito — ao menos por ora. (Foto: reprodução redes sociais; Fontes: CNN Brasil; CNN EUA)

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