Morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, um dos nomes mais emblemáticos da televisão brasileira. A informação foi confirmada por familiares ao jornal Folha de S.Paulo. Nos últimos meses, Cuoco enfrentava complicações de saúde, incluindo infecções renais recorrentes e crises de ansiedade.
Com uma trajetória que atravessa mais de cinco décadas, Cuoco conquistou o público como um dos maiores galãs da teledramaturgia nacional. Sua estreia foi em 1957, na TV Tupi, e, ao longo da carreira, passou por diversas emissoras até se consolidar na Globo, onde viveu personagens marcantes. Em 1966, protagonizou Redenção, da TV Excelsior, até hoje a novela de maior duração da história, com 596 capítulos.
Na Globo, brilhou em tramas como O Cafona (1971), Selva de Pedra (1972), Pecado Capital (1975) e O Astro (1977), este último imortalizando o personagem Herculano Quintanilha. Seus papéis reuniam carisma, intensidade e sofisticação, o que o tornou referência de galã por décadas.
Nos últimos anos, Cuoco continuou ativo. Participou das novelas Segundo Sol (2018), fez uma aparição em Salve-se Quem Puder (2020) e atuou na série No Corre (2023). No cinema, esteve em obras como Traição (1998), Gêmeas (1999) e Cafundó (2005). Nos palcos, destacou-se em peças dirigidas por grandes nomes, como Fernando Torres, incluindo Três Homens Baixos (2004).
Cuoco foi casado duas vezes: primeiro com a atriz Carminha Brandão, entre 1960 e 1964, e depois com Gina Rodrigues, mãe de seus três filhos — Tatiana, Rodrigo e Diogo. Entre 2013 e 2017, teve um relacionamento com a estilista Thaís Almeida.
Nos últimos anos de vida, vivia com a irmã e dependia de cuidadores devido a dificuldades de locomoção, uso de sonda nasal e inchaço corporal. Estava com cerca de 130 kg. Seu legado permanece como símbolo de uma era em que a TV brasileira formou seus grandes ídolos. (Foto: divulgação Globo; Fonte: Omelete)
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