O Ministério da Fazenda determinou a demissão do auditor-fiscal Marco Aurélio da Silva Canal, acusado de utilizar sua função pública para obter benefícios pessoais.
A decisão foi oficializada nesta terça-feira (17) no Diário Oficial da União, com assinatura do ministro Fernando Haddad, e estabelece que Canal não poderá ocupar cargos no serviço público federal pelos próximos oito anos.
A exoneração ocorre após a conclusão de um processo administrativo disciplinar que investigava a conduta do servidor. Canal foi preso durante uma operação da Lava Jato no Rio de Janeiro, sob suspeita de liderar um esquema de extorsão envolvendo alvos da força-tarefa.
Segundo informações do Portal da Transparência, Canal ingressou na Receita Federal em 1995 e, no momento da prisão, exercia a função de supervisor de Programação da Receita no âmbito da Lava Jato fluminense. Embora não integrasse diretamente a equipe de investigação, ele tinha acesso privilegiado a dados e procedimentos sigilosos relacionados aos processos em curso.
A operação que levou à prisão do auditor expediu 14 mandados, com 11 sendo cumpridos. As investigações indicaram que Canal usava informações sigilosas para pressionar investigados, oferecendo a possibilidade de reduzir ou cancelar multas em troca de propina.
Um dos principais elementos da denúncia foi a delação de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor — entidade que representa empresas de transporte do Rio de Janeiro.
De acordo com o delator, Canal teria recebido R$ 4 milhões para impedir que a Fetranspor fosse autuada pela Receita. As apurações mostram que, em junho de 2017, o auditor mandou encerrar o processo fiscal contra a entidade, enquanto chefiava a equipe responsável pelo caso. Na época da prisão, sua remuneração líquida era de R$ 21,8 mil.
O Ministério Público descreveu Canal como um agente público com amplo acesso a informações sensíveis da Lava Jato. No pedido de prisão, os procuradores afirmaram que ele ocupava uma posição estratégica dentro do suposto esquema criminoso, com profundo conhecimento sobre os mecanismos de controle do Estado. (Foto: EBC; Fonte: Poder360)
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