O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara (Creden), rebateu na quarta-feira (10) o pedido feito pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) à Polícia Federal para que seu nome seja incluído no inquérito que apura se houve tentativa de ‘pressionar’ por meio de outros países o Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação já envolve Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado do cargo.
Durante uma reunião da Creden, Barros criticou o que considera uma tentativa de transformar o trabalho parlamentar em crime. “Eu não vou aceitar a tentativa de criminalização da atividade parlamentar, seja deste presidente ou de qualquer outro membro desta Comissão de Relações Exteriores. Isso sim é um ato atentatório à democracia”, afirmou.
O parlamentar do PL defendeu sua atuação durante uma missão oficial aos Estados Unidos em maio, quando participou de uma série de encontros com congressistas norte-americanos.
“Nenhum desses eventos foi feito de forma clandestina. Minha missão foi devidamente autorizada por esta Casa, tendo cumprido com todas as exigências legais”, disse Barros, rebatendo as suspeitas.
Fotos do deputado ao lado de Eduardo Bolsonaro e do comentarista Paulo Figueiredo circularam nas redes sociais, mostrando encontros com congressistas ligados ao ex-presidente Donald Trump. Esses registros ganharam repercussão após o senador norte-americano Marco Rubio sinalizar a possibilidade de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Filipe Barros declarou à revista VEJA que manteve contato com parlamentares americanos que ocupam cargos equivalentes ao seu. Na sessão desta quarta, reforçou a crítica ao pedido de investigação:
“A partir do momento em que o deputado Lindbergh aciona a PF contra o presidente da Creden e contra um tanto de membros do Congresso Nacional pelo simples fato de termos ido a uma missão oficial, representando a Câmara dos Deputados, no parlamento dos EUA, isso não é uma afronta apenas a mim, mas à Creden e, portanto, à Câmara”.
No início de junho, Lindbergh Farias encaminhou à PF a solicitação para que Filipe Barros seja incluído no inquérito sobre as supostas articulações internacionais para influenciar julgamentos do Supremo.
Ele também apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Bolsonaro, por crimes como atentado à soberania nacional, tentativa de abolir o Estado democrático de direito de forma violenta e coação no curso de processo judicial. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: Veja)
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