Originário da cidade de Gorgonzola, próxima a Milão, na Itália, o tradicional queijo de textura cremosa e veios azulados — causados pelo fungo penicilium roqueforti — é conhecido pelo sabor intenso e aroma característico. Produzido com leite de vaca, o gorgonzola conquistou espaço nas prateleiras de queijarias ao redor do mundo.
No entanto, a partir de agora, os queijos fabricados no Brasil com perfil semelhante não poderão mais usar esse nome. Passarão a ser vendidos como “queijo azul”. A determinação está ligada ao tratado de livre comércio firmado entre os países do Mercosul e a União Europeia, que prevê a proteção de indicações geográficas (IGs) europeias.
A medida também se aplica a outros produtos emblemáticos, como o parmesão, o presunto de Parma e o champanhe, que integram a lista de mais de 350 itens com denominação de origem reconhecida. As chamadas IGs identificam produtos ligados a regiões específicas e garantem a esses itens um selo de autenticidade e prestígio no mercado.
Atualmente, o Brasil possui 125 indicações geográficas reconhecidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A proteção também vale para produtos nacionais emblemáticos.
“Em nenhum outro lugar do mundo a aguardente de cana pode ser chamada de cachaça”, ressalta o instituto. O mesmo ocorre com o queijo canastra, exclusivo da região homônima em Minas Gerais, e com os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.
