Correios suspendem férias e home office de funcionários após prejuízo bilionário

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Depois de amargar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no balanço de 2024 — o maior desde 2016 —, os Correios anunciaram uma série de medidas para reverter a crise financeira. Conforme revelou o Metrópoles, a estatal suspendeu férias, determinou o fim do trabalho remoto e iniciou um conjunto de ações com foco em redução de custos e geração de receitas.

Entre as medidas adotadas, está a ampliação do prazo para adesão ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV), agora prorrogado até 18 de maio de 2025, mantendo os mesmos critérios de elegibilidade. Também foi anunciado um incentivo à diminuição da jornada em unidades administrativas, com a possibilidade de redução da carga horária para 6 horas por dia, o que implica em ajuste proporcional no salário.

Além disso, a empresa vai permitir transferências voluntárias e temporárias de carteiros e atendentes comerciais para centros de tratamento, assegurando o pagamento do adicional mais vantajoso.

Outro ponto sensível é a suspensão temporária das férias: a partir de 1º de junho, os funcionários não poderão usufruir o benefício referente ao período aquisitivo de 2025, que só poderá ser gozado a partir de janeiro de 2026.

De acordo com o Metrópoles, os Correios também pretendem cortar ao menos 20% dos cargos em sua sede administrativa e convocar todos os empregados ao trabalho presencial a partir de 23 de junho, exceto os que têm decisões judiciais que garantem o home office.

A circular interna obtida pelo portal ainda menciona a reformulação dos planos de saúde da empresa, que será debatida com entidades sindicais. A meta é reduzir em 30% os custos do serviço.

“Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas. Ao mesmo tempo, temos a oportunidade de, mais uma vez, provarmos a força e a resiliência da nossa empresa. Para isso, cada um de nós é uma peça fundamental nesse processo”, afirmou a direção dos Correios no documento.

Segundo a estatal, a queda no desempenho financeiro tem relação direta com o baixo desempenho da rede de atendimento: apenas 15% das mais de 10,6 mil agências tiveram superávit no ano passado.

“Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos”, explicou a empresa.

Mesmo diante da crise, a companhia destacou investimentos robustos: foram R$ 830 milhões aplicados em 2024, com um total de R$ 1,6 bilhão desde o início da atual gestão. Do montante, R$ 698 milhões foram destinados à aquisição de veículos e R$ 600 milhões para manutenção da infraestrutura.

Ainda segundo os Correios, a sustentabilidade seguirá como pilar estratégico da estatal. “Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental.”. E mais: Nenhum parlamentar do PT assinou CPI do INSS. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles)

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