Em 1ª Missa, Papa Leão 14 volta ao balcão da Basílica de São Pedro e pede fim das guerras

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O Papa Leão XIV voltou neste domingo, 11 de maio, ao balcão central da Basílica de São Pedro, o mesmo local onde, na última quinta-feira (08/05), foi anunciado como o novo Sucessor de Pedro.

Em sua primeira oração mariana do Regina Caeli, em homenagem ao Dia das Mães e com milhares de fiéis e peregrinos de todo o mundo, o Pontífice recordou que, neste domingo, é celebrado, há sessenta e dois anos, o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Além disso, Roma acolhe hoje o Jubileu das Bandas e do Espetáculo Popular”, e acrescentou:

“Saúdo com afeto todos estes peregrinos e agradeço-lhes porque, com a sua música e as suas apresentações artísticas, alegram a festa de Cristo Bom Pastor: sim, é Ele que guia a Igreja com o seu Espírito Santo.”

Ao meditar o Evangelho proposto pela liturgia de hoje, recordou a afirmação de Jesus “que conhece as suas ovelhas e que elas escutam a sua voz e O seguem (cf. Jo 10,27)”, e, como ensina o Papa São Gregório Magno, as pessoas “correspondem ao amor daquele que as ama”. Em seguida, expressou sua alegria de rezar com todo o Povo de Deus pelas vocações:

“A Igreja tem grande necessidade de vocações sacerdotais e religiosas! E é importante que os jovens e as jovens encontrem, nas nossas comunidades, acolhimento, escuta e encorajamento no seu caminho vocacional, e que possam contar com modelos críveis de dedicação generosa a Deus e aos irmãos.”

Leão XIV também recordou o convite que o Papa Francisco deixou na sua Mensagem para esta ocasião: “a acolher e acompanhar os jovens. E peçamos ao nosso Pai celeste que sejamos uns para os outros, cada um segundo a sua condição, pastores ‘segundo o seu coração’ (cf. Jr 3,15), capazes de se ajudarem mutuamente a caminhar no amor e na verdade”, e dirigindo-se de modo especial aos jovens, disse:

“Não tenham medo! Aceitem o convite da Igreja e de Cristo Senhor! Que a Virgem Maria, cuja vida inteira foi uma resposta ao chamado do Senhor, nos acompanhe sempre no seguimento de Jesus”, concluiu o Papa.

Em seu apelo, recordou os horrores da Segunda Guerra Mundial e pediu um compromisso renovado dos líderes mundiais em favor da paz:

“A imensa tragédia da Segunda Guerra Mundial terminou há 80 anos, em 8 de maio, depois de causar 60 milhões de vítimas. No atual cenário dramático de uma terceira guerra mundial em pedaços, como tantas vezes afirmou o Papa Francisco, também eu me dirijo aos poderosos do mundo, repetindo o apelo sempre atual: ‘Nunca mais a guerra!’”

Com coração pastoral, o Papa manifestou proximidade especial a alguns territórios particularmente marcados por conflitos:

“Trago em meu coração os sofrimentos do amado povo ucraniano. Que se faça todo o possível para se alcançar, o quanto antes, uma paz autêntica, justa e duradoura. Que todos os prisioneiros sejam libertos e que as crianças possam retornar às suas famílias.”

Em seguida, referindo-se à grave situação humanitária no Oriente Médio, o Santo Padre fez um pedido: “Dói-me profundamente o que acontece na Faixa de Gaza. Cesse imediatamente o fogo! Que seja prestado socorro humanitário à população civil exausta e que todos os reféns sejam libertos”.

Em contraste com as regiões ainda em conflito, Leao XIV manifestou esperança diante de recentes avanços diplomáticos no sul da Ásia:

“Recebi com satisfação o anúncio do cessar-fogo entre Índia e Paquistão e espero que, por meio das próximas negociações, se possa em breve chegar a um acordo duradouro”. O Papa concluiu sua exortação confiando seus apelos à intercessão de Maria:

“Quantos outros conflitos existem no mundo! Confio à Rainha da Paz este apelo comovido, para que seja Ela a apresentá-lo ao Senhor Jesus, a fim de obtermos o milagre da paz.”

Antes de se despedir da multidão de peregrinos e turistas vindos de diversas partes do mundo, Leão XIV saudou com afeto os presentes na Praça São Pedro e fez questão de lembrar que hoje, na Itália e em outros países, celebra-se o Dia das Mães:

“Envio uma saudação carinhosa a todas as mães, com uma oração por elas e por aquelas que já estão no Céu. Feliz Dia das Mães!” Após proferir os apelos e saudações, o Pontífice permaneceu no balcão central da Basílica de São Pedro por alguns minutos, retribuindo com acenos e sorriso o carinho e os aplausos dos fiéis, e desejou a todos “um bom domingo”.

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