(Brasil Paralelo) – No início do século XIX, quando a família real portuguesa se instalou no Rio de Janeiro e fez dela a capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, uma semente foi plantada. Essa semente foi cultivada para que crescesse em terra fértil e desse bons frutos. Com vigor ímpar, frutificou – e floresceu um Império independente.
Enquanto a América Latina era um aglomerado de repúblicas que sofriam sucessivos golpes e que suportavam o jugo de ditadores que guerreavam pelo poder, o Brasil era uma Monarquia Constitucional. A coroa, o parlamento e a justiça eram instituições sólidas e alicerçadas em princípios constitucionais.
Contudo, naquele momento, era a vez de o Brasil ter sua raiz arrancada do solo onde brotou. As insatisfações de alguns setores da sociedade não seriam por si motivos para a queda da monarquia. Interesses individuais usariam estes descontentamentos e cometeriam um atentado à vontade do povo.
No ano de 1889, impregnados pela mentalidade positivista, os republicanos tentavam disseminar suas ideias a qualquer custo, porém, sem grande sucesso – optou-se, assim, pelo caminho de um golpe militar.
As chances de sucesso eram mínimas, pois a Marinha do Brasil era extremamente fiel ao Império. A única esperança dos republicanos estava depositada no Marechal Deodoro da Fonseca, que estava insatisfeito com o desprestígio da monarquia em relação ao exército.
Os revolucionários achavam que, se não agissem rapidamente, perderiam suas bandeiras: o federalismo, para onde já caminhava a monarquia, e o fim da escravidão, abolida pelo próprio império.
No dia da proclamação, depois de todos os esforços dos apoiadores do golpe, suas lideranças fizeram, às pressas, uma cerimônia. Com a falta de símbolos que representassem o novo regime, foi preciso improvisar, tanto no hino (executou-se, não por coincidência, o da França), quanto na bandeira (hasteou-se uma inspirada na dos EUA). Nascia, assim, o regime republicano brasileiro.
Confira a história do nascimento da República no Brasil neste minidocumentário abaixo, produzido pela produtora Brasil Paralelo.
