O ânimo do mercado brasileiro segue baixo. Nesta terça-feira (3), a Bovespa fechou o dia com queda de 2% e quase abaixo dos 104 mil pontos. Segundo a imprensa especializada, o noticiário político é o responsável pelas baixas desde ontem, quando Lula anulou a proposta de privatização de oito empresas estatais, que desabaram na Bolsa, puxando todo o sistema para baixo.
“Pesa a desconfiança sobre as primeiras medidas do governo Lula, que pretende ‘cancelar’ privatizações, aumentar o número de ministérios, fazer a revogação do Teto dos Gastos e adotar uma nova âncora fiscal que permita mais gasto público”, afirma Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos em entrevista ao portal financeiro “InfoMoney”.
Hoje (3), as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) fecharam com queda de 2,5% e 1,4%, ajudando a derrubar o Ibovespa. Outro destaque negativo ficou com o setor bancário, com o Bradesco (BBDC4) recuando quase 5%; Itaú (ITUB4), -2%; e Banco do Brasil (BBAS3), -1,8%. Ao assumir o Ministério da Previdência, Carlos Lupi afirmou considerar alto os juros do crédito consignado para aposentados do INSS, o que impactou papéis de grandes bancos.
O dólar também acompanhou o medo do mercado, mas tomou caminho inverso da bolsa, subindo 1,72% e atingindo R$ 5,452 na compra e na venda. Por fim, os juros futuros dispararam. “O vencimento mais curto, janeiro de 2024, subia 22 pontos-base, a 13,74%”, explica o InfoMoney.