O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou presença no ato organizado em Brasília, nesta segunda-feira (8), para marcar um ano dos atos de 8 de janeiro de 2023. A agenda do mineiro diz que ele estará na capital federal às 15h. O comunicado afirma que o mandatário “participa de ato em defesa da democracia e do Estado de Direito”, organizado pelo governo Lula (PT). Clique AQUI para ver.
Proposto pelo próprio Lula, a solenidade desta segunda-feira deve contar com a participação dos presidentes do Congresso Nacional e STF, além de parlamentares, governadores, convidados da ‘sociedade civil’ e do Poder Judiciário. O Congresso Nacional espera reunir cerca de 500 presentes.
A Câmara dos Deputados inaugurou nesta segunda-feira (8) uma exposição para marcar a data. A mostra é composta por fotos do dia e exposição de objetos danificados.
Essa decisão de Zema destoa das escolhas feitas por outros governadores de oposição ao petista. Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, está de férias na Europa e só retorna ao Brasil na noite desta segunda-feira (8). Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, também está em período de férias. Jorginho Melo (PL), de Santa Catarina, e Ratinho Júnior (PSD) alegaram ter compromissos previamente agendados.
Correligionários de Zema, apontado como possível pré-candidato à Presidência da República em 2026, expressaram preocupação com sua presença no ato, especialmente devido ao seu relacionamento com a Assembleia Legislativa.
Mesmo contando com o apoio oficial de 57 dos 77 deputados da Casa, Zema enfrenta desafios na aprovação ágil de projetos de interesse do governo. Dos parlamentares da situação, nada mesmo do que dez são do ‘PL’, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Após o ato, o governador terá um encontro em Brasília com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, às 16h30, segundo informações do Palácio Tiradentes. O objetivo da reunião é negociar com a União o pagamento da dívida de R$ 160 bilhões que o estado possui com o governo federal. No entanto, Zema viu parte do protagonismo dessa discussão ser assumido pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD), que sugeriu a entrega das estatais Cemig e Codemig como uma possível solução para abatimento do passivo, proposta atualmente em análise pelo governo federal após conversas com Lula.
Nas redes sociais não faltaram críticas à decisão de Romeu Zema, do partido Novo. Veja abaixo!
Romeu Zema participar “institucionalmente ” da pantomima propagandista de uma tentativa de golpe que nunca ocorreu, é um tapa na cara do eleitor mineiro. Zema não tem coragem sequer de recusar um convite mequetrefe vindo de um ex-presidiário e de sua trupe. Não esperem NADA desse…
— Claudia Wild (@Clauwild1) January 8, 2024
Essa sempre foi a verdade do Zema, ele sempre foi Lula. pic.twitter.com/7Ky8cZQv32
— Flávia Leão (@FlviaLeo16) January 8, 2024
🚨URGENTE – Romeu Zema, Governador do estado de Minas Gerais irá comparecer ao evento do Lula sobre o dia 08 de Janeiro. Lula está chamando de “democracia inabalada”
Zema, você já estava morto politicamente, mas hoje você fechou o caixão! pic.twitter.com/KyPiAvLd69
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) January 8, 2024
A direita que a esquerda quer!
Zema é tucano. pic.twitter.com/TQoZVfcBwY
— Pavão Misterious 𝕏 🇧🇷 (@misteriouspavao) January 8, 2024
“Meramente institucional e não política”
– Zema. pic.twitter.com/xb3zSdUJKu
— Pavão Misterious 𝕏 🇧🇷 (@misteriouspavao) January 8, 2024
Zema, não esqueceremos.
— TeAtualizei 🇧🇷👊🏻❤️ (@taoquei1) January 8, 2024
Lira cancelou
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cancelou a participação na cerimônia marcada para esta segunda-feira (8), no Congresso Nacional, que marca o primeiro ano dos atos golpistas de 8 de janeiro. De acordo com a assessoria da Câmara, o presidente da Casa informou que cancelou a presença devido a um ‘problema de saúde’ na família. Em uma rede social, Lira comentou sobre os atos e afirmou que “merecem ser permanentemente repudiados”.
E veja também: ‘8 de Janeiro’: chamar de golpe é “fantasia” para legitimar polarização, afirma Aldo Rebelo. Clique AQUI para ver.