E não é que o Ministro Paulo Guedes tinha razão? O chefe da pasta de Economia afirmou, no início do ano, que os Institutos de pesquisa passariam o ano de 2022 revisando a expectativa do PIB no Brasil.
Hoje (06) foi a vez da XP Investimento “revisar” (ou seria corrigir?) de seus cálculos. A empresa de investimentos elevou de 1,6% para 2,2% a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A corretora atribui a revisão à “retomada mais forte do mercado de trabalho e aos estímulos fiscais adicionais no curto prazo”, que também levaram a estimativa para a expansão do segundo trimestre a subir de 0,6% para 0,8%.
“Indicadores de atividade continuam a surpreender positivamente, com destaque ao aumento do consumo. A economia brasileira permaneceu em rota de recuperação nos últimos meses, com melhoria disseminada entre os principais setores”, analisa a XP em relatório. “Entre as razões, o aumento da mobilidade e preços de commodities em patamares ainda elevados. Além disso, estimamos que a massa de renda disponível às famílias cresceu aproximadamente 7% no primeiro semestre de 2022 ante o segundo semestre de 2021, após ajuste sazonal.”
PEC Emergencial
A XP também incluiu em seu relatório o impacto econômico da PEC Emergencial, que está em ias de aprovação em Brasília: ““As medidas contidas na ‘PEC dos Benefícios Sociais’ podem gerar impacto líquido de 0,25pp sobre o PIB total de 2022, segundo nossos cálculos, via aumento de massa de renda disponível e, consequentemente, estímulo ao consumo. Incorporamos esses efeitos ao cenário base”, afirma.
Produção Industrial
O economista da XP Rodolfo Margato apresentou sinais bastantes positivos nas principais categorias, sobretudo em bens de capital (7,4%). “Um sinal encorajador para a dinâmica de curto prazo da Formação Bruta de Capital Fixo”, diz. “Em resumo, a indústria brasileira deve se recuperar gradativamente ao longo deste ano”, acrescenta Margato.
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