Em discurso que repercutiu fortemente nas redes sociais (com elogias, críticas e ironias), o cineasta Walter Salles defendeu a implementação da tributação progressiva e a taxação daquilo que considera como ‘grandes fortunas’ como pilares para um país mais justo.
A fala ocorreu na noite desta terça-feira (9), durante a entrega do prêmio ‘Faz Diferença 2024’, promovido pelo jornal O Globo, no Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Ao lado da atriz Fernanda Torres, com quem trabalhou no filme ‘Ainda Estou Aqui’, Salles foi homenageado na categoria “Personalidade do Ano”. Ambos receberam os troféus das mãos de João Roberto Marinho, presidente do Grupo Globo, e de Alan Gripp, diretor de redação do jornal.
Na parte final de sua fala, Walter Salles endossou o discurso do economista Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária e vencedor na categoria Economia.
“Bernard Appy estava aqui em cima e nos lembrou que temos a chance de construir um país mais justo e igualitário, corrigindo as distorções de um sistema que, como a gente sabe, cobra mais de quem tem menos. Quero deixar todo o meu apoio à tributação progressiva, meu apoio à taxação das grandes fortunas e democracia com justiça tributária”, declarou o diretor.
A posição pública de Salles chamou atenção especialmente por sua trajetória pessoal. Além de cineasta consagrado, ele é herdeiro de uma das famílias mais ricas do país — fundadora do antigo Unibanco (atualmente Itaú-Unibanco) e da mineradora CBMM, líder global na produção de nióbio. Segundo a Forbes, o patrimônio de Salles gira em torno dos R$ 26 bilhões. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: O Globo)
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