Venezuelanos asilados cobram Lula por situação crítica em embaixada da argentina em Caracas

direitaonline
Brasília (DF) 29/05/2023 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chega ao Palácio do Itamaraty para almoço com o presidente Lula . Foto Antônio Cruz/EBC

Venezuelanos contrários ao regime de Nicolás Maduro que se encontram abrigados na embaixada da Argentina em Caracas enviaram uma carta a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (28), pedindo providências urgentes para que possam deixar o local com segurança.

Os refugiados, ligados à campanha da opositora María Corina Machado e de Edmundo González, estão no imóvel diplomático há mais de um ano e afirmam viver em condições degradantes.

Na carta, o grupo protesta contra o que chamam de “inércia” das autoridades brasileiras, que desde agosto de 2024 assumiram a representação diplomática da Argentina na capital venezuelana. Segundo os opositores, o descaso coloca suas vidas em risco.

“Hoje completamos 404 dias desde que ingressamos nesta sede diplomática, e mais de 5 meses sem eletricidade nem água corrente, em condições que violam os direitos humanos básicos. Essa situação se agrava pelo cerco policial constante nos arredores da sede diplomática […] Presidente Lula, já esperamos há mais de 1 ano uma ação concreta que garanta nossa saída segura, acompanhados por seu governo, preservando nosso direito à vida, o qual tememos diante da ameaça contínua que enfrentamos”, afirmam.

Os asilados também criticam o silêncio de Lula diante do drama humanitário vivido por eles. “Hoje, a bandeira do Brasil é humilhada, como somos humilhados nós diariamente dentro desta embaixada, que transformaram em prisão”, escreveram.

E reforçam o apelo à diplomacia brasileira: “Em um contexto no qual a memória histórica e a justiça são valores defendidos pelo governo brasileiro, nós nos encontramos presos em um limbo, sem os salvo-condutos que são um direito dentro dos marcos dos convênios internacionais firmados. Imagine o que é passar mais de 5 meses sem eletricidade, sem água nas tubulações e com ameaças físicas constantes. O silêncio dói muito.”

O grupo se refugiou na embaixada após ter sido acusado pela Procuradoria Geral da Venezuela de envolvimento em atos de conspiração e de traição à pátria, devido à atuação na articulação da oposição nas eleições presidenciais de julho de 2024. E mais: Alcolumbre ‘escala’ três senadores para debater redução de penas do ‘8 de Janeiro’. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Poder360)

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