Venezuela, Bolívia e Cuba lideram cursos com médicos reprovados no Revalida

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Um estudo recente conduzido pela Faculdade de Medicina da USP e a Associação Médica Brasileira revelou taxas alarmantes de reprovação entre médicos brasileiros formados em alguns países estrangeiros no Exame Revalida. As informações são da coluna de Carlos Madeiro, do UOL.

Essa prova é essencial para reconhecer a formação médica obtida fora do Brasil, permitindo a atuação dos profissionais no país. A pesquisa trouxe à luz números preocupantes e reacendeu o debate sobre a qualidade da formação em medicina em determinadas nações.

Ranking de reprovação
• Venezuela: 94,6% (92 médicos fizeram a prova, e 87 foram reprovados)
• Bolívia: 93,5% (3.099 médicos fizeram a prova, e 2.898 foram reprovados)
• Cuba: 90,7% (300 médicos fizeram a prova, e 272 foram reprovados)
• Paraguai: 85,6% (2.707 médicos fizeram a prova, e 2.318 foram reprovados)
• Rússia: 83,9% (62 médicos fizeram a prova, e 52 foram reprovados)
• Argentina: 64,4% (592 médicos fizeram a prova, e 381 foram reprovados)

O professor e pesquisador Mário Sheffer, da Faculdade de Medicina da USP, enfatizou a importância de considerar não apenas o desempenho individual dos candidatos, mas também a qualidade das instituições de ensino estrangeiras.

Ele destacou que a alta taxa de reprovação não pode ser atribuída exclusivamente à dificuldade da prova (principal reclamação dos candidatos), visto que algumas escolas têm um histórico consistente de baixo desempenho.

Muitos brasileiros buscam formação médica em países estrangeiros devido à ausência de vestibulares e mensalidades mais acessíveis. Enquanto no Brasil os custos da formação médica podem ultrapassar R$ 10 mil por mês, países como Bolívia oferecem opções a partir de R$ 600.

Um ponto de destaque é que, em 2023, a grande maioria dos brasileiros que realizaram a primeira etapa do Revalida havia se formado na Bolívia e no Paraguai. O estudo evidenciou uma taxa de reprovação de 87,5% entre os médicos brasileiros, enquanto entre os estrangeiros foi de 86,6%.

Essas conclusões acendem um alerta sobre a necessidade de maior regulamentação e avaliação rigorosa das instituições de ensino médico em outros países.

E veja também: STF anula provas utilizadas em ações penais contra ex-tesoureiro do PT. Clique AQUI para ver.


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Fonte: UOL
Foto: Agência Brasil

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