O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido não tem, atualmente, votos suficientes para vencer uma eleição presidencial e destacou a importância de ampliar a base eleitoral da legenda, atraindo eleitores de centro.
Segundo ele, a estratégia é crucial para derrotar o PT nas eleições de 2026. Embora busque eleitores de fora da direita tradicional, Valdemar ressalta que a ideologia conservadora do PL permanece intacta, sendo focada em pautas de direita.
Valdemar argumenta que, sem essa expansão, o bolsonarismo pode sofrer outra derrota nas urnas. “Nós temos um problema sério. O nosso adversário fez cinco presidências da República. Ou nós aumentamos a nossa base, trazendo o pessoal do centro que defende as pautas da direita, ou nós perdemos a eleição. Nós não temos voto hoje para ganhar (em 2026)”, afirmou em entrevista ao Estadão.
Além disso, o líder do PL continua apoiando Jair Bolsonaro, que foi declarado inelegível até 2030 pela Justiça Eleitoral, como a única alternativa do partido para a corrida presidencial.
O partido trabalha para aprovar uma emenda que estenda o perdão de uma eventual anistia aos presos de 8 de janeiro de 2023 para incluir Bolsonaro, o que poderia permitir sua participação na eleição de 2026.
Valdemar se esquivou de comentar se o PL planeja uma ofensiva contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após uma possível aprovação da anistia. Ele reconhece que, mesmo com uma bancada forte, o cenário para levar adiante um impeachment de ministros do STF seria desafiador.
“Acho difícil falar de impeachment de ministros do STF com a bancada atual. Davi Alcolumbre deve ganhar a eleição (à presidência do Senado). O nosso pessoal ainda não bateu o martelo com ele, mas deve bater. E o Alcolumbre não tem essa vontade, esse entendimento. E mesmo que a gente faça uma grande bancada (em 2026), precisa ver a disposição do pessoal. As coisas mudam. Não acho fácil atacar o pessoal do STF”. (Foto: Agência Brasil; Fonte: Estadão)