Universidade Federal da Bahia sofre corte no orçamento para 2024 e reitor critica: “Inexplicável”

direitaonline



O orçamento da Universidade Federal da Bahia (Ufba) para 2024 será de R$ 173,2 milhões, ou R$ 13 milhões a menos do que os R$ 186,3 milhões recebidos em 2023, um corte equivalente a 7%.

Aplicada a correção inflacionária referente aos últimos 12 meses, pelo IPCA, a defasagem é ainda maior: seriam necessários R$ 21,6 milhões a mais somente para igualar a dotação orçamentária de 2023 mais a inflação.

Além disso, em valores nominais (ou seja, sem considerar sequer a inflação), o orçamento de 2024 é inferior ao de 2014, quando a universidade tinha menos alunos, cursos e área construída.

“A defasagem orçamentária acumulada nos últimos anos vem obrigando a Universidade a adotar, de modo permanente, medidas de austeridade na gestão de todos os seus contratos. […] Nesse sentido, medidas visando a redução de despesas com água e energia e limitações aos principais contratos de serviços terceirizados – entre os quais vigilância, recepção e limpeza -, inicialmente implementadas de forma excepcional, acabaram se incorporando ao dia a dia”, diz a Ufba, em nota.

O cenário não é exclusivo da Ufba. O orçamento destinado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) às universidades federais para o ano de 2024 sofreu um corte de R$ 310,3 milhões em relação ao ano passado, caindo de R$ 6,2 bilhões para R$ 5,9 bilhões.

“O corte é inexplicável, na medida em que muitos ministérios, inclusive o da Educação (MEC), tiveram seus orçamentos incrementados neste ano. É preciso, portanto, que o MEC reorganize internamente seu orçamento, contemplando as universidades.”, afirma o reitor da federal, Paulo Miguez.

O reitor considera que, embora haja ‘compreensão’ por parte do Governo Lula em relação à importância das universidades, é preciso que isso se traduza urgentemente em investimento.

“A suplementação orçamentária de 2023 representou um indicativo de recomposição orçamentária para as instituições federais de educação superior (IFEs) – tendência frustrada, porém, pelo corte de 2024. As universidades são a grande aposta de nossa sociedade em um futuro de conhecimento e liberdade, e por isso elas precisam ser protegidas, e não abandonadas”, afirma Miguez. E mais: Brasil tem mais de um milhão de casos de dengue este ano. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação via Metro e G1; Fonte: Bahia Notícias; Federal da Babia)

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Putin alerta para risco de guerra nuclear e fala em “destruição da civilização”

O presidente russo, Vladimir Putin, alertou os países ocidentais sobre o risco de desencadear uma guerra nuclear caso enviem tropas para lutar na Ucrânia, enfatizando que Moscou possui capacidade para atacar alvos no Ocidente. A crise na Ucrânia tem gerado a pior tensão nas relações entre Moscou e o Ocidente […]