Entraram em vigor nesta quarta-feira (12) as tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre todas as importações de aço e alumínio, uma decisão que desencadeou respostas imediatas no cenário internacional.
A União Europeia retaliou com novas taxações sobre produtos americanos, enquanto a China, maior fabricante mundial de aço, prometeu tomar “o necessário” para proteger seus interesses.
O presidente Donald Trump havia anunciado em fevereiro que aplicaria essas taxas sem distinções, atingindo até mesmo Canadá e México, aliados no Tratado de Livre Comércio da América do Norte.
Logo nas primeiras horas do dia 12, a UE reativou tarifas sobre itens dos EUA que já haviam sido usadas em 2018 e 2020, mas estavam suspensas. O bloco também ampliou as medidas, incluindo no pacote produtos como bourbon, motocicletas Harley-Davidson e iates.
Já a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, declarou que o país “adotará todas as medidas necessárias para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos”, sinalizando uma postura firme contra as tarifas americanas.
O Reino Unido expressou “decepção” com a política dos EUA, mas optou por não impor retaliações imediatas. O Japão, por sua vez, lamentou não ter sido poupado das taxas, embora o porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi, não tenha confirmado contra-ataques por enquanto.
Entre os países mais impactados, o Canadá lidera: ele responde por 50% das importações de alumínio e 20% das de aço dos EUA.
Outros fornecedores de alumínio, como Emirados Árabes Unidos, Coreia do Sul, Bahrein e China – que variam entre 3% e 6% do total importado –, também sentirão os efeitos. Brasil, Índia, Argentina e México, apesar de participações menores, podem enfrentar dificuldades nas cadeias de suprimento.
No mercado de aço, o Brasil, com 17% das importações americanas, e o México, com 10%, aparecem como os mais prejudicados após o Canadá. Coreia do Sul, Alemanha e Japão completam a lista dos principais afetados. E mais: Bolsonaro lança capacete de grafeno em SP e fala sobre 2026. Clique AQUI para ver.