O Twitter demitiu 50% de seus funcionários, disse o chefe de segurança e integridade da empresa na sexta-feira (4) em um tuíte, dizendo que os recursos de moderação de conteúdo da plataforma de rede social permanecem em vigor.
O tuíte do chefe de segurança e integridade Yoel Roth foi feito para tranquilizar usuários e anunciantes após a aquisição da empresa pelo bilionário Elon Musk.
Roth disse que 15% dos funcionários do Twitter da equipe de confiança e segurança, responsável por impedir a disseminação de desinformação e conteúdo nocivo, foram demitidos. Em toda a empresa, as demissões afetaram 50% dos funcionários, acrescentou, na primeira confirmação do Twitter sobre o tamanho das demissões.
Com a eleição de meio de mandato dos EUA a poucos dias, Roth disse que o “combate à desinformação prejudicial” continua sendo uma prioridade. “Mais uma vez, para ser claro, o forte compromisso do Twitter com a moderação de conteúdo permanece absolutamente inalterado”, tuitou Musk logo após o tuíte de Roth.
Mais cedo na sexta-feira, Musk disse que o Twitter havia experimentado “uma queda maciça na receita”, devido a grupos de direitos civis que levantaram preocupações sobre como as demissões afetariam a moderação e pressionaram os principais anunciantes a reduzir seus gastos com anúncios.
A unidade do Brasil, localizada em São Paulo (SP), também houve desligamentos. A sede tinha cerca de 150 trabalhadores, mas até o momento não se abe quantos foram desligados. Uma brasileira que trabalha na plataforma descreveu a experiência ao portal G1, da Globo: “Eu fui pega de surpresa mesmo, voltei ontem do feriado, entrei na reunião de equipe e o clima era total de luto.”
No seu último dia da empresa, a brasileira disse que, às 21h da quinta-feira (3), recebeu um e-mail notificando de que haveria demissões e que os funcionários escolhidos seriam avisados. Por volta da meia-noite, ela percebeu que tinha perdido o acesso ao e-mail da empresa e, às 4h48, recebeu um e-mail reforçando as demissões.
Outra funcionária do Twitter Brasil contou também ao G1 que o clima na sede brasileira mudou após o processo de Musk. “Na época do Jack e do Parag Agrawal, ex-presidentes do Twitter, a gente tinha muita proximidade com a direção global. Isso mudou depois do processo do Musk. Ficamos muito distantes e sem informações. Muitas pessoas do Twitter Brasil pediram demissão por essa incerteza.”
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