Em declarações que sugerem um abrandamento nas tensões comerciais com Pequim, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não vê necessidade de impor novas tarifas à China, após a escalada registrada nesta quarta-feira (9). “Vamos fazer um bom acordo com a China, tenho certeza”, declarou Trump, dando a entender que uma trégua pode estar em andamento.
O líder americano comentou que não esperava a repercussão gerada pela suspensão parcial das tarifas: “Não imaginava que a suspensão das tarifas teria todo esse impacto”. Ao mesmo tempo, descartou que o impasse comercial evolua para um conflito mais amplo, destacando a relação com o presidente chinês: “Xi Jinping é uma das pessoas mais inteligentes do mundo” e “não deixaria conflito com EUA escalar além do lado comercial”.
Durante coletiva no Salão Oval, Trump reforçou que a arrecadação com tarifas está sendo significativa: “Estamos fazendo US$ 2 bilhões por dia com tarifas. Vamos ver como vai ficar agora após a pausa de 90 dias”. Ainda sobre o impasse envolvendo o TikTok, o presidente afirmou: “O acordo ainda está na mesa” e reconheceu que “a China não está muito feliz em assiná-lo agora”, embora tenha reforçado sua convicção de que “a China quer, sim, assiná-lo”.
Questionado sobre uma possível reunião com o presidente Xi, Trump foi direto: “Sim, me encontraria normalmente com Xi Jinping. Gosto muito dele, o respeito muito”.
Ao tratar de política externa, o republicano também se manifestou sobre o Irã. Segundo ele, os EUA não permitirão que o país desenvolva armamento nuclear: “Não podem ter uma arma nuclear” e “não podemos deixá-los ter uma”. Ainda acrescentou: “Podemos fazer ações militares no Irã se for necessário. Israel estará envolvido nisso também”, embora tenha dito desejar que o Irã prospere — desde que respeite o limite nuclear.
Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, Trump se mostrou favorável a uma saída diplomática: “Quero que a Rússia e a Ucrânia façam um acordo. Há escolas sendo bombardeadas”. Quando perguntado sobre uma eventual retirada de tropas americanas da Europa, respondeu com cautela: “Depende, vamos discutir”.
As sinalizações vindas de Washington animaram os mercados. As bolsas asiáticas fecharam em forte alta nesta quinta-feira (10), repercutindo o anúncio da suspensão, por 90 dias, de tarifas superiores a 10%. Apesar de a China ainda ser alvo de sobretaxas de até 125%, os índices do país também avançaram.
Confira os resultados dos principais mercados asiáticos no encerramento do dia:
CSI 1.000 (China): +2,34%
Xangai (China): +1,16%
SZSE Component (China): +2,25%
Hang Seng (Hong Kong): +1,87%
Nikkei 225 (Japão): +8,99%
Kospi (Coreia do Sul): +6,60%
Nos Estados Unidos, os índices também reagiram com força. A Nasdaq disparou 9% na noite de quarta-feira (9), enquanto o Dow Jones teve alta de 6,33%. O S&P 500 encerrou o dia com valorização de 9,51%, o maior ganho desde a crise de 2008. E mais: Governo Lula empresta aviões da FAB ao STF e põe lista de passageiros em sigilo. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fontes: UOL; Poder360)