O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (8) um aumento expressivo nas tarifas aplicadas sobre produtos vindos da China, passando dos atuais 34% para 104%. A medida, comunicada oficialmente pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, entrará em vigor à meia-noite de quarta-feira (horário local).
A medida entrou em vigor após o país asiático não desistir da retaliação aos Estados Unidos dentro do prazo estabelecido pelo presidente americano Donald Trump, que era até as 13h desta terça-feira (8).
Mais cedo, Trump postou em sua rede social que estava esperando uma ligação da China para discutir as tarifas, mas isso não ocorreu.
Durante a madrugada, a China disse que não vai voltar atrás e que está pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários, apesar de considerar que “em uma guerra comercial, não há vencedores”.
A decisão veio após semanas de tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Ainda na manhã de terça-feira (pelo horário chinês), o Ministério do Comércio da China respondeu de forma contundente, afirmando que o país asiático está pronto para “lutar até o fim” e que “nunca aceitará a natureza de chantagem dos EUA”.
A retaliação por parte da China havia sido anunciada dias antes, com a imposição de tarifas de 34% sobre produtos americanos. O governo Trump havia dado um ultimato, exigindo que Pequim retirasse suas tarifas até esta terça — o que não ocorreu, levando à confirmação do novo aumento.
Segundo o próprio Trump, não há intenção de suspender ou adiar a aplicação de novas tarifas, mesmo diante do cenário de negociações em curso.
O impacto sobre a economia americana pode ser imediato, especialmente para empresas que dependem de insumos chineses. Analistas preveem que os custos de importação dobrarão em pouco tempo, afetando diretamente consumidores e setores industriais.
A medida também repercute no Brasil: a cotação do dólar disparou e atingiu R$ 6. Especialistas consultados pelo UOL avaliam que a nova escalada da guerra comercial pode abrir oportunidades para exportadores brasileiros, desde que o país mantenha sua infraestrutura logística eficiente e preserve a estabilidade institucional. E mais: Elon Musk chama conselheiro de Trump de “imbecil” e critica política tarifária dos EUA. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: BBC; UOL; G1)