Transportadoras confirmam que já está faltando diesel em Minas Gerais

direitaonline



A falta de diesel está se tornando um desafio crescente para várias empresas de transporte em Minas Gerais, de acordo com um alerta emitido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) na última terça-feira (8). As informações são do jornal O Tempo, de MG.

O problema principal é a incapacidade da Petrobras em suprir completamente a demanda do mercado nacional, enquanto os distribuidores de combustíveis hesitam em importar o produto.

Eles alegam que essa prática não é mais viável após a mudança na política de Paridade de Preços de Importação (PPI) implementada pelo governo federal.

Juliana Martins, representante do Sindicato, explica: “Uma transportadora que consome 10 mil litros de diesel por dia, por exemplo, está recebendo 5 mil. A gente está tendo que fazer uma seleção de quantidades para tentar ver se isso acontece por um curto período de tempo e vamos trabalhando desta forma. Mas infelizmente o mercado interno não está suprido neste momento, especialmente do diesel S10. O S500 ainda tem uma quantidade, mas o S10 está faltando muito.”

Os postos de combustíveis também estão sendo afetados, principalmente aqueles de marca própria no interior de Minas Gerais.

Segundo a diretora do Setcemg, as distribuidoras estão priorizando o abastecimento dos postos de sua própria marca, deixando os de bandeira branca com falta de produto.

Com a escassez em vista, o sindicato que representa as transportadoras informa que as distribuidoras estão comprometidas em priorizar o abastecimento de empresas que prestam serviços essenciais, como hospitais e empresas de coleta de lixo.

É lógico que há uma priorização para os hospitais, que necessitam de diesel para seus geradores, também para empresas de coleta de lixo. Então os mercados que não podem parar de jeito nenhum são priorizados. O restante a gente vai suprindo à medida que vai tendo liberação do produto nas distribuidoras. Então há sim o risco de uma paralisação pelo menos de parte dos serviços.”, diz Juliana.

Quanto a possíveis soluções, o Setcemg aponta que a única saída viável para resolver o problema seria a Petrobras retomar a política de Paridade de Preços de Importação e não segurar mais os valores dos combustíveis no mercado interno.

A diretora do Setcemg explica que, embora não seja uma medida popular entre os consumidores, é a única forma de regularizar o mercado e permitir que as distribuidoras voltem a importar o diesel.

Outra opção seria o governo federal criar um subsídio para ajudar os distribuidores de combustíveis a evitar prejuízos.

No entanto, Juliana Martins é cética em relação a essa possibilidade, alegando que a Petrobras já está perdendo dinheiro ao subsidiar os preços internos e que isso poderia causar problemas financeiros para a empresa.

No entanto, a Petrobras adota uma visão mais otimista da situação, afirmando que não há risco de desabastecimento de diesel. Segundo a empresa, há diversos atores além da Petrobras no mercado brasileiro, como distribuidoras, importadores, refinadores e formuladores, que têm a capacidade de atender demandas adicionais e garantir o abastecimento necessário.


APOIO!
Pix: Você pode nos ajudar fazendo um PIX de qualquer valor.
Nossa chave de acesso é direitaonlineoficial@gmail.com | Banco Santander


Fonte: O Tempo
Foto: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Jovem cai da bicicleta após mal súbito, morre e ainda é roubada

Uma mulher faleceu em Belo Horizonte após cair da bicicleta, aparentemente depois de sofrer um mal súbito. Depois de caída, a vítima ainda foi roubada. A vítima, que aparentava ter cerca de 25 anos, passou mal e caiu da bicicleta na Avenida Augusto dos Anjos, bairro de Piratininga. Imagens de […]