A campanha de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) ajuizou na Justiça Eleitoral de São Paulo, ontem (26), uma ação que pede a cassação dos registros de candidatura Rodrigo Garcia (PSDB), e de seu vice, Geninho Zuliani (União Brasil) ao governo de São Paulo. Segundo o indicado do presidente Bolsonaro ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia teria praticado abuso de poder político e econômico para cooptar prefeitos a apoiá-lo nas eleições. As informações são do portal R7.
Segundo levantamento da coligação de Tarcísio, de 1º de abril (quando ele tomou posse como governador) a 1º de julho deste ano, os repasses voluntários a municípios paulistas somaram R$ 554,7 milhões. O valor é mais do que o dobro do que o verificado nos primeiros três meses do ano.
“Nota-se que esse repasse trimestral em dobro foi realizado porque no trimestre seguinte (a partir de 2 julho) seria proibido qualquer repasse às prefeituras, o que, por si só já sinaliza parte do cumprimento do ‘acordo de cooptação’ com os prefeitos para o efetivo empenho na reeleição do investigado. Aliás, esses números informados acima foram de valores efetivamente liberados, ou seja, que de fato entraram nos caixas das prefeituras”, aponta a equipe do candidato do Republicanos.
Manobra
A lei eleitoral proíbe transferências voluntárias dos recursos de estados a municípios nos três meses que antecedem as eleições. Então, para “burlar a legislação eleitoral”, segundo a coligação de Tarcísio, Garcia passou a repassar dinheiro por meio de convênios com entidades.
“O investigado deu um jeito de cumprir o seu acordo com os prefeitos, quando lhes prometeu recursos públicos em troca de sua projeção nos municípios em troca de votos. Para não repassar tais valores no período proibido, o que seria então ‘conduta vedada’, o investigado cometeu a prática denominada fraude à lei, o que significa nítido abuso do poder político e econômico”, argumenta o advogado Thiago Fernandes Boverio.
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