São Paulo, 28 de Agosto de 2023 – O governo de Tarcísio de Freitas, filiado ao Republicanos, tomou o primeiro passo em direção à privatização das linhas do Metrô de São Paulo nesta segunda-feira. A administração anunciou formalmente a contratação da International Finance Corporation (IFC), uma consultoria associada ao Banco Mundial, com o propósito de estruturar a concessão de determinadas linhas do sistema de transporte.
O desenvolvimento dessa medida coincide com um período crítico para o Metrô, que tem enfrentado uma significativa crise financeira. A empresa acumula perdas na casa dos bilhões de reais desde o início da pandemia, principalmente devido à redução de passageiros, tendo sido obrigada a receber subsídios governamentais no valor de R$ 70 milhões neste ano.
Até então, a empresa, de caráter misto, operava sem a necessidade de auxílios financeiros provenientes do dinheiro estatal. Essa ausência de apoio possibilitou à empresa pagar salários acima do teto do funcionalismo, especialmente para aqueles que ocupam cargos de indicação política.
O acordo divulgado pelo governo, sob os auspícios da Secretaria de Parcerias em Investimentos, também contempla a avaliação de estratégias de participação do setor privado visando a expansão da capacidade de investimento e o aprimoramento da governança do Metrô.
A empresa já foi o epicentro de um escândalo revelado em 2010, no qual empresas operavam um cartel para obter contratos relacionados às obras da companhia.
Já parte das linhas metroviárias da cidade opera sob concessão. A Linha 4-Amarela e a Linha 5-Lilás são operadas pela CCR. De acordo com os modelos de concessão em vigor, essas empresas recebem cerca de 30% a mais por cada passageiro transportado em comparação com o Metrô. Apesar de todas as linhas terem uma tarifa pública uniforme, fixada em R$ 4,40, as concessionárias auferem uma remuneração adicional.
Atualmente, a estatal é responsável pelas operações nas Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Além disso, estão em andamento projetos para a expansão da Linha 2 até Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, e para a construção da Linha 6-Laranja, a cargo da empresa espanhola Acciona, que conectará o centro da cidade à Brasilândia, na zona oeste.
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