O discurso de Tarcísio no fórum de Gilmar Mendes, em Lisboa

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Durante o 13º Fórum de Lisboa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participou de um painel sobre “Relações de força internacionais e novos blocos militares” e abordou temas relacionados à geopolítica global, investimentos e a postura do Brasil diante das grandes potências mundiais.

A mediação ficou a cargo de Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, que apresentou Tarcísio como pré-candidato à Presidência, o que provocou aplausos do público presente.

Tarcísio destacou a relevância crescente dos países do Sul Global no cenário mundial, enfatizando seu peso demográfico e econômico. “Se eu pensar em aspectos econômicos e em aspectos populacionais, a gente está falando de uma relevância maior do que a dos países do G7”, afirmou.

No entanto, ele fez um alerta sobre os riscos de alianças estratégicas com nações que não seguem os padrões institucionais recomendados por organizações como a OCDE.

“Mas, quando a gente se alinha a países que têm essa ordem de fragilidade, essa ordem de governança que se afasta de algumas práticas daquelas que são preconizadas pela OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], a gente vai ficando distante de uma parcela relevante de investimento e isso é extremamente perigoso”, declarou.

Ao comentar o cenário de disputas econômicas entre potências como Estados Unidos e China, o governador sugeriu que o Brasil mantenha sua tradicional postura diplomática. “Acho que a gente tem que fazer o que a diplomacia brasileira sempre fez: se pautar pela neutralidade e olhar o interesse nacional”, afirmou. E completou: “Porque não existe amizade entre países, existe interesse”.

Tarcísio também comentou a velocidade com que o cenário internacional vem se transformando e como isso tem impactado o humor dos investidores. “Para quem conversa com os mercados, o que era pessimismo há muito pouco tempo virou otimismo”, declarou.

No campo econômico, ele minimizou os riscos fiscais enfrentados pelo Brasil e ressaltou que o país já dispõe de um caminho consolidado para manter a estabilidade.

“A fórmula é conhecida, para que a gente possa equacionar a questão fiscal. O Brasil passou por reformas muito relevantes nos últimos anos. E, no final, a gente criou as condições base para ter uma economia relativamente arrumada”, concluiu. (Foto: Governo de SP; Fonte: Poder360)

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