Enel em SP: Tarcísio cobra ministro de Lula, que rebate governador paulista

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Após o apagão na cidade de São Paulo e região desde sexta-feira (11), o governador paulista, Tarcísio Gomes de Freitas, usou as redes sociais para cobrar a Eneel (reguladora de energia) e o ministério de Minas e Energia pelo processo de caducidade do contrato com a Enel (operadora de energia).

“A concessão da energia elétrica em São Paulo é federal, sendo o Ministério De Minas e Energia e a Aneel os representantes do poder concedente. A eles cabe regular, controlar, fiscalizar e garantir que o serviço prestado esteja adequado”, escreveu Tarcísio.



Na sequência, ele exigiu a caducidade do contrato: “Mais uma vez, a Enel deixou os consumidores de São Paulo na mão. Se o Ministério de Minas e Energia e, sobretudo, a Aneel, tiverem respeito com o cidadão paulista, o processo de caducidade será aberto imediatamente.”

De acordo com Tarcísio, “o que não pode seguir acontecendo é o que estamos vendo mais uma vez em nosso estado. Não podemos ficar à mercê de tanta irresponsabilidade.”. Veja abaixo!

 

Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo, Tarcísio fez contato com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) neste sábado (12) para cobrar medidas contra Enel, reforçando que mais uma vez a empresa demora para restabelecer o fornecimento de energia em São Paulo após uma tempestade. Em novembro de 2023, outro temporal deixou vários pontos da cidade sem energia por até seis dias.

A Folha apurou que o governador telefonou para diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, reclamando que nada foi feito contra a empresa neste quase um ano após o outro evento.



Tarcísio também lembrou que já tinha pedido a caducidade do contrato da Enel, sem que houvesse retorno, e reforçou que não faz sentido renovar a concessão quando está comprovado que a prestação de serviço da Enel é péssima.

Tendo sua pasta citada pelo governador, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), criticou Tarcísio de Freitas (Republicanos) em suas redes sociais. Ele escreveu:

“Sobre as falhas da Enel em São Paulo: gostaria de lembrar ao governador Tarcísio, que a atual composição da Aneel, entidade responsável pela fiscalização da Enel, foi nomeada com mandato, pelo governo anterior, do qual ele foi destacado integrante”.



E prosseguiu: “Ele afirma que o ministério cobrou a agência, mas que a “Aneel bolsonarista” não deu andamento ao processo punição, nem fez a fiscalização adequada.”

Em paralelo, o tema também ganhou destaque no segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo. Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) também se acusaram pelas redes sociais. Boulos disse que a cidade estava “sem luz e sem prefeito”. Nunes rebateu que o rival era um “oportunista”. (Foto: Governo de SP; Fonte: Folha de SP)

 

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