Senado vai gastar R$ 818 mil para trocar carpete destruído

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Vai custar caro recuperar a estrutura do Senado, assim como itens do mobiliário e obras de arte depredados em 8 de janeiro. O prejuízo estimado pela administração da Casa fica em torno de R$ 3 a R$ 4 milhões a ser coberto pelo orçamento do Senado, que se abastece de verba gerada por impostos e repassada pelo Tesouro Nacional.

A diretora do Senado explicou que é impossível cravar o prazo para que a restauração seja concluída, mas informou que vai dar prioridade a obras visando à posse dos novos senadores, marcada para o dia 1º de fevereiro.

“Nós identificamos primeiro essa questão dos vidros, segundo a questão dos carpetes, terceiro a questão das obras de arte que foram danificadas e tem que ser recuperadas. Temos também o nosso material da polícia do Senado, que foi utilizado ontem e que precisamos repor”, enumerou.

Carpete
Por falar em carpetes, o Senado firmou, nesta semana, um contrato com uma construtora para começar a reparar os estragos no Salão Azul do Congresso. Segundo informações da Veja, o custo para trocar o carpete azul royal do edifício será de R$ 818 mil.

Obras de arte
Segundo cálculos do Senado, a lista de danos ao acervo do Museu é:

No Salão Nobre:
• Tapeçaria de Burle Marx: rasgada, embolada, suja de urina e arremessada na entrada da galeria do Plenário. Para restaurar: higienização parte a parte, pois a peça é antiga.
• Quadro “Ato de Assinatura do Projeto da 1ª Constituição”, de Gustavo Hastoy: tentaram derrubá-lo e não conseguiram. A parte inferior da moldura foi danificada, além de alguns arranhados na pintura. Para restaurar: é preciso retirá-lo da moldura, banhada a ouro e com 3 metros de largura. A pintura deve ser colocada sobre uma plataforma de madeira, com auxílio de uma estrutura de ferro a ser montada pontualmente para o reparo.
• Quadros de Urbano Villela na Galeria dos Presidentes: quatro foram totalmente perdidos e serão refeitos pelo próprio artista. Outro será restaurado pelos profissionais do próprio Senado.
• Tinteiro de bronze da época do Império: amassado e dobrado ao meio. Para restaurar: aquecimento do metal.
• Vitrine com fotos e réplica da Constituição: vidro estilhaçado. Para restaurar: reposição do vidro.
• Mesa de centro vinda do Palácio Monroe: teve o tampo lascado e uma coluna lateral danificada. Para restaurar: trabalho da própria equipe do Museu.
• Painel vermelho de Athos Bulcão: sofreu arranhões devido aos estilhaços. Para restaurar: serão necessários três vidros de 20 ml de tinta vermelha específica, cada um ao preço estimado de R$ 800.
• Tapete persa de decoração do dispositivo de receptivo dos chefes de Estado: foi encharcado e possivelmente sujo de urina. Para restaurar: lavagem inicial para verificar se necessita de outra intervenção.

Na presidência:
• Quadro de Guido Mondim: foi arrancado da moldura e jogado ao chão. Para restaurar: avaliação das avarias e recolocação na moldura.
• Mesa de trabalho do século 19, que pertenceu aos palácios dos Arcos e Monroe: totalmente danificada, com partes e pedaços espalhados por diversos pontos da Casa. Para restaurar: ainda é incerta sua recuperação. É preciso recolher todas as partes e tentar recompô-la com novas peças de madeira.

Plenarinho:
• Cadeira que pertenceu ao Palácio Monroe: braço quebrado. Para restaurar: recolocação da peça.

Cafezinho dos senadores
• Uma cadeira do designer Jorge Zalszupin.


Fontes: Veja; Agência Senado
Foto: Agência Senado

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