O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a abertura de uma licitação para contratar uma empresa encarregada de monitorar as redes sociais quanto aos conteúdos que mencionam a Corte. A informação foi divulgada pela Revista Veja, nesse domingo (16).
O contrato, segundo o edital, está avaliado em 345.000 reais e terá a duração de um ano. O objetivo do Supremo é acompanhar todas as menções sobre a instituição nas redes sociais. A empresa vencedora da licitação fará um monitoramento contínuo de plataformas como Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Flickr, TikTok e LinkedIn.
O trabalho incluirá a análise da imagem do Supremo, a identificação de tópicos relevantes discutidos pelos usuários e a categorização do material. A empresa também será responsável por identificar quem são as pessoas que compartilham esses conteúdos, especialmente os autores das ‘menções negativas’.
O STF exige no edital que a empresa utilize uma ferramenta específica para o monitoramento. Esta ferramenta deve ser capaz de “identificar públicos, formadores de opinião, discursos adotados, georreferenciamento da origem das postagens, além de avaliar a influência dos públicos, padrões das mensagens e possíveis ações organizadas na web”.
O Georreferenciamento é o processo de associar dados ou informações a coordenadas geográficas específicas na superfície da Terra. Utiliza sistemas de coordenadas, como latitude e longitude, para mapear a localização precisa de objetos ou eventos no espaço.
Os ministros receberão relatórios com balanços diários, semanais e mensais, identificando os formadores de opinião que discutiram temas relacionados ao Supremo, com análise de seus posicionamentos e capacidade de repercussão.
O trabalho também deve incluir uma avaliação geral do impacto da mobilização em torno de assuntos relacionados à Corte, com análise de seus efeitos na opinião pública. Além de fornecer dados precisos sobre a imagem da Corte no universo digital, a ferramenta deve ajudar a inibir a disseminação de ameaças contra os ministros. As informações coletadas poderão ser compartilhadas com a Polícia Federal. (Foto: Imagem de freepik; Fonte: Veja)