A SpaceX emitiu um alerta aos seus colaboradores para que evitem viagens ao Brasil, seja por motivos pessoais ou profissionais, após recentes medidas do ministro Alexandre de Moraes contra companhias ligadas a Elon Musk, como a rede social ‘X’ e o serviço de satélites Starlink.
Em um comunicado interno enviado na última semana, revelado pela Bloomberg, a presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell, enfatizou a gravidade da situação, orientando os empregados a “evitar qualquer viagem — por motivos pessoais ou de trabalho — ao Brasil”.
O Wall Street Journal foi o primeiro veículo a divulgar o e-mail, acrescentando que alguns funcionários da SpaceX que atuam no Brasil estão sendo transferidos para outros países. Não foi informado quantos trabalhadores foram impactados ou para onde serão movidos.
A restrição imposta pela empresa é uma resposta direta às recentes determinações do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultaram no bloqueio da plataforma ‘X’ (anteriormente conhecida como Twitter) e na suspensão das contas bancárias da Starlink, parte da SpaceX, para garantir o pagamento de multas aplicadas à ‘X’.
A Starlink criticou a decisão, afirmando que a ordem “é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas aplicadas — inconstitucionalmente — contra X”, e indicou que planeja resolver a questão por vias legais.
Empresas costumam revisar suas políticas de segurança e orientar seus funcionários sobre restrições de viagens, principalmente quando ocorrem mudanças nas relações com governos ou clientes internacionais.
As ações judiciais no Brasil envolvem as subsidiárias Starlink Brazil Holding Ltda e Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda. Atualmente, o ‘X’ possui cerca de 20 milhões de usuários no país, enquanto a Starlink, especializada em fornecer internet via satélite, atende mais de 250 mil clientes, sobretudo em regiões isoladas.