Sonda da Nasa detecta explosão solar com partículas mil vezes mais energéticas que o previsto

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Durante uma aproximação ao Sol, a sonda Parker, da NASA, registrou uma impressionante erupção de plasma, revelando aspectos jamais observados com tamanha precisão.

A análise desses dados indicou a presença de prótons com energia quase mil vezes superior ao que os cientistas esperavam encontrar na atmosfera solar. Um dado curioso chamou a atenção: os jatos de plasma estavam sendo lançados em direção à superfície solar, e não para longe dela, como ocorre normalmente.

Graças à posição estratégica da sonda — entre o Sol e a origem das partículas — os pesquisadores puderam rastrear a origem exata desse fenômeno. Essa configuração permitiu descobrir que os complexos nós do campo magnético da estrela são capazes de acelerar partículas a velocidades significativamente maiores do que o previsto apenas pela influência do próprio campo magnético.

O foco do estudo está na chamada reconexão magnética, um processo explosivo no qual os campos magnéticos solares se rompem e se religam, liberando grandes quantidades de energia e gerando fluxos intensos de partículas carregadas que se espalham pelo Sistema Solar. Os detalhes dessa descoberta foram publicados na edição de 29 de maio da revista The Astrophysical Journal Letters.

De acordo com o site Live Science, compreender como a reconexão magnética ocorre é fundamental para aprimorar as previsões do chamado “clima espacial” — influenciado por rajadas de vento solar e outras manifestações energéticas do Sol.

Esse tipo de fenômeno é apontado como uma das causas da perda da atmosfera de Marte, que pode ter transformado o planeta em um deserto gelado.

Na Terra, os impactos também são relevantes: tempestades geomagnéticas podem provocar apagões, danificar satélites, interromper sinais de rádio e GPS e representar riscos para astronautas. Por outro lado, é esse mesmo processo que dá origem às auroras boreais e austrais que enfeitam os polos do planeta.

“As nossas descobertas destacam que a reconexão magnética é uma fonte importante de partículas energéticas no vento solar próximo ao Sol”, afirmou Mihir Desai, autor principal da pesquisa. “Onde quer que haja campos magnéticos, haverá reconexão magnética. Mas os campos magnéticos do Sol são muito mais fortes perto da estrela, então há muito mais energia armazenada para ser liberada.”

A urgência desse conhecimento fica ainda mais evidente com os dados divulgados pela Sociedade Meteorológica Americana. Tempestades geomagnéticas ocorridas em maio de 2024 causaram falhas em sistemas de navegação agrícola baseados em GPS, afetando atividades como plantio, fertilização e colheita. E mais: “Estou curado”, anuncia cantor Netinho após vencer câncer. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação; Fonte: Revista Galileu)

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