O mapa-múndi que aprendemos a decorar desde a infância pode estar nos enganando — e não é por acaso. Embora esteja presente em livros, salas de aula e até murais de aeroportos, o modelo mais comum de representação do planeta, conhecido como Mapa de Mercator, carrega distorções significativas no tamanho dos países e continentes.
A explicação para isso está na origem do próprio mapa. Ele foi desenvolvido pelo cartógrafo flamengo Gerardo Mercator, no século 16, com o objetivo de facilitar a navegação marítima durante a era dos descobrimentos.
Ao priorizar a preservação das formas dos países e a direção correta entre pontos, o mapa acabou sacrificando um elemento crucial: a proporção entre as áreas.
Com isso, regiões localizadas próximas aos polos — como Groenlândia, Canadá e Rússia — aparecem bem maiores do que realmente são. A Groenlândia, por exemplo, é mostrada com um tamanho semelhante ao da África, quando, na verdade, o continente africano é 14 vezes maior. Já a América do Sul aparece visivelmente reduzida, alimentando a crítica de que o mapa reforça uma visão eurocêntrica do mundo.
Para quem deseja visualizar as dimensões reais dos países de forma interativa, o site The True Size (thetruesize.com) oferece uma ferramenta curiosa e educativa.
O usuário pode digitar o nome de um país, mover sua silhueta pelo mapa e compará-la com outras regiões do planeta. O exercício pode ser surpreendente: o Uruguai, por exemplo, é maior do que a Irlanda, e a China cabe inteira dentro da América do Sul, sobrando espaço.
Apesar de ultrapassado como instrumento de medição geográfica, o Mapa de Mercator segue amplamente utilizado — e continua moldando a forma como enxergamos o mundo. (Foto: PixaBay; Fonte: Rev. Galileu)
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