A pressão sobre o ministro da Justiça, Flávio Dino, devido à falta de um projeto sólido na área de segurança pública está encontrando respaldo entre especialistas do setor. A informação é da coluna da jornalista Roseann Kennedy, no portal do Estadão, nesta segunda-feira (18).
Segundo o texto, Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP e membro do ‘Fórum Brasileiro de Segurança Pública’, expressou sua visão em relação ao governo Lula 3, descrevendo-o como “um cenário de inanição completa” durante os nove meses de sua gestão.
Suas declarações foram feitas durante uma entrevista ao podcast ‘Estadão Notícias’. Alcadipani destacou que não estão sendo implementadas medidas eficazes pelo governo petista em relação à segurança pública, e que a falta de uma coordenação de esforços convincente é evidente.
Apesar de Flávio Dino ter ganhado destaque como “ministro lacrador” devido ao seu estilo nas redes sociais e nos depoimentos no Congresso, ele vem perdendo apoio entre aliados do Partido dos Trabalhadores, preocupados com a ausência de resultados na área de segurança pública. Essa situação levanta a possibilidade de Lula resolver o ‘problema’ indicando Dino para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), após a aposentadoria da ministra Rosa Weber.
Na mesma entrevista ao ‘Estadão Notícias’, Alcadipani criticou a postura falante de Flávio Dino no cargo de ministro da Justiça, enfatizando a necessidade de sobriedade.
Ele ressaltou que as posições de liderança no Ministério da Justiça e nas secretarias de Segurança Pública não devem ser utilizadas para fins políticos, mas sim para enfrentar os desafios reais.
O ministro é mais reconhecido por seus costumeiros pedidos de ‘investigação’ a assuntos paralelos. Contra a Lava Jato, porém, hoje mesmo Dino encaminhou à Polícia Federal uma determinação para investigar a origem e o destino do dinheiro oriundo dos acordos de delação e leniência firmados na Operação Lava Jato.
Conforme relatado pela Coluna do Estadão, Lula foi alertado sobre a perda de relevância do governo no debate sobre segurança pública. Além disso, ele está ciente de que o Partido dos Trabalhadores atribui parte da responsabilidade ao ministro Flávio Dino. Os petistas alegam que, após nove meses de gestão, o governo não apresentou nenhum projeto substancial na área de segurança e reivindicam o controle dessa pasta.
A situação é agravada pelo fato de que, devido à ausência de uma política distintiva na área de segurança, Lula e seu partido não conseguem se desvincular do problema da violência urbana e policial na Bahia, um estado governado pelo PT há 16 anos.
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