O governo de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai estender a avaliação de desempenho para todos os professores da rede estadual, incluindo efetivos e temporários.
A medida, já aplicada nas escolas de ensino integral, passa a valer para toda a rede a partir do próximo dia 26. Além dos docentes, a equipe gestora — formada por diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico — também será submetida à análise semestral.
De acordo com a Secretaria da Educação, o objetivo da iniciativa é “oferecer mais uma ferramenta de gestão às escolas e, assim, qualificar aspectos importantes das rotinas educativas, tais como metodologia, gestão da sala de aula, comunicação e liderança”.
O modelo de avaliação será dividido em duas etapas. A primeira, de caráter formativo, ocorrerá no primeiro semestre e servirá para diagnosticar pontos fortes e áreas que necessitam de melhoria. Nessa fase inicial, não haverá atribuição de notas nem consequências administrativas.
Já na segunda etapa, prevista para o segundo semestre, será realizada a “avaliação de desempenho final”, que terá caráter somativo. Nessa fase, os resultados poderão influenciar decisões sobre a continuidade dos profissionais em seus cargos, turmas ou funções. As diretrizes detalhadas da avaliação foram divulgadas nesta terça-feira (20).
O processo envolve diferentes níveis de avaliação cruzada. Os alunos responderão a questionários padronizados sobre o desempenho dos professores e da gestão escolar. Os professores avaliarão os gestores, enquanto os diretores acompanharão o trabalho dos docentes com o apoio do trio gestor, formando uma comissão de avaliação.
“Cada profissional será avaliado de acordo com a sua área de atuação. Enquanto para os professores o foco é a dinâmica em sala de aula e as metodologias adotadas, para o trio gestor o objetivo é identificar aspectos como a comunicação, o apoio ao desenvolvimento dos docentes e o engajamento. O eixo do processo avaliativo dos diretores é a liderança positiva e o compromisso com a aprendizagem e indicadores dos estudantes”, explicou a Secretaria da Educação.
Após cada ciclo de avaliação, os dados serão compilados em um “painel de resultados”, que incluirá dez critérios para os professores. Entre eles estão a avaliação dos estudantes e do trio gestor (com notas de 1 a 3 estrelas), presença, preenchimento do diário de classe, participação no Programa Multiplica, categoria do docente e desempenho em relação ao bônus de 2024.
Com base nesses dados, será aplicada uma escala de cores — verde, amarela e vermelha — no chamado “farol de desempenho”, que orientará o relatório final.
Ao término do processo, os diretores deverão apresentar devolutivas aos professores, enquanto os dirigentes regionais de ensino, com o apoio dos supervisores, farão o mesmo com os gestores escolares. E mais: Advogado de ex-ministro cobra general sobre ‘minuta do golpe’; Moraes reage: “não vou permitir circo”. Clique AQUI para ver. (Foto: Governo de SP; Fonte: Folha de SP)