Ontem (7), além da aprovação de uma reforma tributária duvidosa (para dizer o mínimo), a aprovação da PEC ainda trouxe divisão à direita formada a partir da eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018.
Tanto que dois de seus ministros falaram línguas diferentes em relação ao projeto aprovado pela Câmara. Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), chefe da pasta de infraestrutura de 2019 a 2022, foi à sede do Partido Liberal tentar convencer Bolsonaro e a base dos deputados da sigla a aprovarem o texto.
A principal ‘justificativa’ do governador paulista foi que a direita não poderia perder a narrativa de também ser autora do tema que é de interesse nacional.
A reunião foi um fiasco e o ex-ministro saiu do encontro até ouvindo vaias. E se tivesse ficado mais tempo teria escutado também o discurso do também ex-ministro do meio ambiente Ricardo Salles (PL-SP), que não gostou nenhum um pouco das falas do ex-colega.
Aliás, pelo tom do desabafo de Salles, certamente havia algumas ‘árvores’ presas em sua garganta há muito tempo em relação ao ex-chefe da Infraestrutura.
Olhando diretamente para Bolsonaro (presidente de honra do PL) e Valdemar da Costa Neto (presidente nacional do PL), o deputado falou que Tarcísio não tinha o direito de se colocar como ‘o representante’ verdadeiro da direita dentro do PL.
Também disse que “acabou” essa história de se vender como ‘direita’ não ter atitudes de governo condizentes ao que se espera de um conservador ou de um liberal. E disse em bom português que em São Paulo não há um ‘governo de direita’.
O vídeo foi divulgado pelo perfil de Silvio Grimaldo, diretor-executivo do portal Brasil Sem Medo (e não da Revista Oeste, como erradamente o Direita Online informou ontem em outras reportagens sobre o mesmo tema). Assista abaixo!
Sales. pic.twitter.com/DbwtEkqtSA
— Silvio Grimaldo (@silviogrimaldo) July 6, 2023