O relógio histórico do século 17, danificado durante os ataques de 8 de janeiro de 2023 ao Palácio do Planalto, foi colocado no gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após passar por um extenso processo de restauração.
A peça, uma obra do renomado relojoeiro francês Balthazar Martinot, é feita de casco de tartaruga e bronze especial e foi trazida ao Brasil por Dom João VI em 1808.
A restauração do artefato contou com a colaboração do governo suíço, que ofereceu apoio técnico sem custos ao Brasil. Em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), Lula disse.
“Cada hora que esse relógio toca, e ele toca de hora em hora, a gente tem que festejar porque a democracia foi reestabelecida no Brasil”, afirmou o presidente, associando o retorno do item ao triunfo democrático sobre os atos antidemocráticos de 2023.
Durante o vídeo, Lula apresentou o relógio ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que participaram de uma reunião na manhã desta quarta-feira (22). A peça agora ocupa um lugar de destaque no gabinete presidencial, representando um símbolo da resiliência das instituições democráticas brasileiras.
O relógio trazido por Dom João VI ao Brasil, destruído durante os atos golpistas do 8 de janeiro, retornou ao Palácio do Planalto. Agora, ele está no meu gabinete e a cada badalada celebraremos a vitória da democracia.
🎥 @ricardostuckert pic.twitter.com/rmsdzOYWHw
— Lula (@LulaOficial) January 22, 2025
O relógio foi destruído por Antônio Cláudio Alves Ferreira, um dos envolvidos nos atos no Palácio do Planalto. Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que ele derrubou o artefato no chão, causando danos graves à peça histórica. Em junho de 2024, Antônio foi condenado a 17 anos de prisão.
A peça restaurada mantém as características originais que a tornam um item único e valioso. Entre os detalhes de sua confecção, destacam-se o uso de materiais nobres e a precisão mecânica que reflete a habilidade de Martinot, considerado um dos grandes mestres relojoeiros do século 17.
Além disso, o relógio carrega consigo a memória de sua chegada ao Brasil em 1808, quando Dom João VI transferiu a corte portuguesa para o Rio de Janeiro, marcando um dos capítulos mais importantes da história brasileira. E mais: Leonardo Di Caprio perde R$ 700 milhões com incêndio em Los Angeles. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Metrópoles)