O projeto de regulamentação da Reforma Tributária apresentado pelo Grupo de Trabalho da Câmara na semana passada enfrentará a oposição de 1,3 milhão de motoristas de aplicativos no Brasil.
O motivo é que, atualmente isentos de ISS (Imposto sobre Serviços), esses trabalhadores passarão a ser tributados. O artigo 21 do projeto os enquadra como contribuintes dos novos impostos, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), resultando em uma tributação de 26,5%, conforme estimativas do governo.
Além disso, a base de cálculo dos tributos considera o ganho bruto das corridas, sem descontar custos como combustível, seguro e manutenção, que representam de 40% a 60% dos ganhos.
Se o texto for aprovado sem mudanças, para cada R$100 ganhos, após os custos e novos impostos, apenas de R$13 a R$33 restarão para o motorista.
Outros setores também vêm mostrando preocupação com o resultado da reforma tributária. Na semana passada, entidades do setor do livro divulgaram uma nota expressando suas preocupações e posicionando-se contra o texto atual do projeto de regulamentação argumentando que o produto terá reajuste de preço. Clique AQUI para ver.
Já a construção e aquisição de imóveis podem se tornar inviáveis para muitos se o texto atual da reforma tributária não for ajustado, afirmaram representantes do setor imobiliário durante o Seminário Real Estate, promovido pelo Lide no fim do mês passado. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução: Fontes: O Globo)
