Grande rede de supermercados anuncia intenção de deixar Bolsa (B3) brasileira

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Uma gigante do varejo anunciou, nessa terça-feira (11), planos para encerrar suas operações como empresa de capital aberto no Brasil, passando a operar como subsidiária integral de suas matrizes na França e na Holanda.

A proposta, que já foi submetida ao conselho de administração da companhia no país, inclui a recompra de todas as ações atualmente negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, além da aquisição total de uma rede de atacarejo que também opera no mercado brasileiro.



A empresa em questão é o Carrefour Brasil, que pertence à multinacional francesa de supermercados Carrefour. No Brasil, a companhia é controlada pelas matrizes Carrefour França e Carrefour Holanda, e o país representa o segundo maior mercado do grupo no mundo.

A operação envolve ainda a compra da fatia restante do Atacadão, do qual o Carrefour já detém 70% das ações. A rede de atacarejo, que abriu capital no Brasil em 2017, também se tornará uma subsidiária integral do grupo europeu.



De acordo com o comunicado divulgado, as ações do Carrefour Brasil serão transferidas para uma nova empresa, chamada MergerSub, que será totalmente controlada pelas matrizes europeias. No pregão desta terça-feira, as ações da companhia encerraram em alta de 10,08%, cotadas a R$ 7,10.

Entre os principais acionistas da companhia no Brasil estão os herdeiros do empresário Abílio Diniz, falecido no último ano. Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do GLOBO, a família Diniz pretende vender sua participação de 10,24% na empresa brasileira, além dos 9,23% que Abílio possuía na matriz francesa. Os acionistas brasileiros terão três opções de ações resgatáveis, que serão recompradas imediatamente pela nova controladora.



Eles poderão escolher entre: receber R$ 7,70 por ação; receber 0,45 ação do Carrefour França e 0,45 BDR (papéis lastreados em ações listadas no exterior negociados na B3) do Carrefour França, mais R$ 3,85; ou receber 0,09 ação ou 0,09 BDR do Carrefour França.

A companhia informou que a operação tem como objetivo garantir liquidez aos acionistas, oferecendo um prêmio superior a 30% sobre o preço médio das ações no último mês.



Além disso, os investidores terão a opção de continuar expostos à empresa por meio de papéis negociados na Bolsa francesa, mantendo uma participação indireta na operação brasileira. A empresa também solicitará sua reclassificação para a categoria B, o que a impede de emitir novas ações, mas permite a emissão de debêntures (títulos de dívida privada).



De acordo com o comunicado, um comitê independente formado por três membros foi criado em janeiro para conduzir as negociações, que já estão em fase avançada. Caso as tratativas sejam concluídas com sucesso, um contrato definitivo será assinado. E mais: Incêndio de grandes proporções consome galpão na Zona Norte de São Paulo. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução site oficial; Fonte: O Globo)

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